O Figurão
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Problema maior de que a nossa literatura se ressente é o de não ter criado muitas personagens suficientemente fortes para servirem de paradigma de um comportamento. Em inglaterra há a galeria Dickensiana, com Pickwick à cabeça e o Doyleano Sherlock Holmes. França tem um Rastignac. por exemplo. Da Alemanha e da Rússia Werther e Oblomov, ou Raskolnikov, tornaram-se universais. E acima de todos, D. Quixote e Sancho deram tipos por todos reconhecíveis. Cá, as grandes realizações de Camilo - Calisto Elói ou Eusébio Macário - e aspersonagens de Eça, negativas como o Conselheiro Pacheco, Dâmaso Salcede e o Conde de Abranhos, ou positivas(?) como Fradique Mendes preenchem apenas as cumplicidades de especialistas ou de cultores apaixonados. Mas um há de que todos falam, os que leram as narrações dos seus sucessos, como os que só o conhecem de ouvir dizer. Por isso Luís de Oliveira Guimarães fez editar um interessante livro sobre o cavalheiro: «O CONSELHEIRO ACÁCIO (À Sombra de Eça de Queirós)», Portugália, Lisboa, 1945, prefaciado por Aquilino Ribeiro, em que são compilados os passos ecianos em que ele surge, lhe são atribuídos alguns títulos de obras e "citações inéditas", bem como é incluído um número impressionante de testemunhos prestados por vários escritores de relevo sobre a pompa vazia que caracterizava o "homenageado". Complementam ainda alguns desenhos evocativos, de várias origens, como este, de Santana. Tenho a felicidade de possuir o exemplar dedicado pelo Autor a outra personalidade importante das letras portuguesas, Luís de Montalvor. E considero realização bem actual e contributo psicológico importante para deslindar alguns dos vícios da nossa vida pública. Que não dispensa a leitura da grande fonte, a obra do Imortal Criador, já se vê.
Problema maior de que a nossa literatura se ressente é o de não ter criado muitas personagens suficientemente fortes para servirem de paradigma de um comportamento. Em inglaterra há a galeria Dickensiana, com Pickwick à cabeça e o Doyleano Sherlock Holmes. França tem um Rastignac. por exemplo. Da Alemanha e da Rússia Werther e Oblomov, ou Raskolnikov, tornaram-se universais. E acima de todos, D. Quixote e Sancho deram tipos por todos reconhecíveis. Cá, as grandes realizações de Camilo - Calisto Elói ou Eusébio Macário - e aspersonagens de Eça, negativas como o Conselheiro Pacheco, Dâmaso Salcede e o Conde de Abranhos, ou positivas(?) como Fradique Mendes preenchem apenas as cumplicidades de especialistas ou de cultores apaixonados. Mas um há de que todos falam, os que leram as narrações dos seus sucessos, como os que só o conhecem de ouvir dizer. Por isso Luís de Oliveira Guimarães fez editar um interessante livro sobre o cavalheiro: «O CONSELHEIRO ACÁCIO (À Sombra de Eça de Queirós)», Portugália, Lisboa, 1945, prefaciado por Aquilino Ribeiro, em que são compilados os passos ecianos em que ele surge, lhe são atribuídos alguns títulos de obras e "citações inéditas", bem como é incluído um número impressionante de testemunhos prestados por vários escritores de relevo sobre a pompa vazia que caracterizava o "homenageado". Complementam ainda alguns desenhos evocativos, de várias origens, como este, de Santana. Tenho a felicidade de possuir o exemplar dedicado pelo Autor a outra personalidade importante das letras portuguesas, Luís de Montalvor. E considero realização bem actual e contributo psicológico importante para deslindar alguns dos vícios da nossa vida pública. Que não dispensa a leitura da grande fonte, a obra do Imortal Criador, já se vê.
5 Comments:
At 8:13 PM, Anonymous said…
El cartoonista Ze Oliveira suele dibujar a don Quijote con un escudo con la bandera de España y a Sancho/Ze Povinho, con escudo con la bandera de Portugal....
At 8:27 PM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihi. E num livro brilhante, que foi muito bem recebido em Espanha, «As Duas Espanhas», Fidelino de Figueiredo opunha a Espanha do Quixote à de Filipe II, sob critérios mais psicológicos do que ideológicos, propriamente ditos...
At 12:46 PM, Anonymous said…
Libro de Fidelino, publicado en Santiago de Compostela, en 1933; Manual del Profesor Caetano, publicado en Santiago de Compostela, en 1943(traduccion del Profesor Lopez Rodo)
At 10:27 PM, Paulo Cunha Porto said…
Trata-se do de «Direito Administrativo»? Ou do de «Ciência Política e Direito Constitucional»?
At 7:56 PM, Anonymous said…
Direito Administrativo.
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