Gosto por Sybillas, sejam elas uma ponte metafórica para o tal anseio de futuro, seja por profetizarem, verem adiante e apenas nos sibilarem, em mensagens encriptadas :)
Sybilas, Pitonisas, Oráculos, meios e modos de procurar adquirir o que (ainda) não é. É curioso que esteja tradicionalmente sentada sobre os vapores de uma fenda na terra ou mergulhada no silêncio e na reclusão da caverna. E teria o belo e perigoso dom da profecia, a possibilidade de ligar terra e divino (e a mistificação possível, naturalmente).
Foi com ela que Eneias desceu aos infernos :) (risos)
E, no entanto, a infelicidade estava sempre associada às previsões delas. A dos que as consultavam, tantas vezes enganados pelo carácter vago, simbólico, imagético, ou ambíguo do texto... sibilino e a delas, como a de Cumas, que uma vingança dos humanos enganáveis fez pedir a Apolo a imortalidade, sem se lembrar de lhe acrescentar a juventude eterna, pelo que, tornañdo-se uma massa mirrada, queria, daí por diante, a morte inalcançável. É com elas que encontramos os nossos infernos; e nem as próprias escapam. Porque num e noutro caso está presente a cobiça que ficou recordada no Vosso comentário. Beijo.
2 Comments:
At 10:51 PM, Viajante said…
Gosto por Sybillas, sejam elas uma ponte metafórica para o tal anseio de futuro, seja por profetizarem, verem adiante e apenas nos sibilarem, em mensagens encriptadas :)
Sybilas, Pitonisas, Oráculos, meios e modos de procurar adquirir o que (ainda) não é.
É curioso que esteja tradicionalmente sentada sobre os vapores de uma fenda na terra ou mergulhada no silêncio e na reclusão da caverna. E teria o belo e perigoso dom da profecia, a possibilidade de ligar terra e divino (e a mistificação possível, naturalmente).
Foi com ela que Eneias desceu aos infernos :)
(risos)
At 9:10 AM, Paulo Cunha Porto said…
E, no entanto, a infelicidade estava sempre associada às previsões delas. A dos que as consultavam, tantas vezes enganados pelo carácter vago, simbólico, imagético, ou ambíguo do texto... sibilino e a delas, como a de Cumas, que uma vingança dos humanos enganáveis fez pedir a Apolo a imortalidade, sem se lembrar de lhe acrescentar a juventude eterna, pelo que, tornañdo-se uma massa mirrada, queria, daí por diante, a morte inalcançável.
É com elas que encontramos os nossos infernos; e nem as próprias escapam. Porque num e noutro caso está presente a cobiça que ficou recordada no Vosso comentário.
Beijo.
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