Dois Tabuleiros
No País-Irmão há hábitos políticos que se assemelham aos nossos. Assim o PMDB, que herdou a máquina e recebeu o legado da antiga oposição oficial ao regime militar, tem uma prática política bem semelhante à do "nosso" PSD, nos tempos do governo do Bloco Central, em que era, assumidamente, sustentáculo do governo, mas donde partia também a sua mais perigosa oposição. Assim, o maior partido brasileiro, que continua a carpir a mágoa de ver sucessivos presidentes serem eleitos, a partir de partidos menores, sem romper formalmente o apoio ao governo, encaminha-se para o fazer quanto à tentativa de reeleição de Lula. Já tomam os lugares na linha de partida o Governador do Rio Grande do Sul Rigotto e o secretário de Segurança e Governador consorte do Rio, Garotinho. Mas os azares de tão grande força política devem continuar, na senda daquele que abortou a tomada de posse de Tancredo Neves. Desta feita, como nas passadas eleições, os favoritos não lhe pertencem. Talvez o gigantismo em que resultou a impeça de apresentar lideranças claras que se tornem candidaturas viáveis. O certo é que a presidência do Brasil parece ser madeira à espera de Serra...
4 Comments:
At 4:29 PM, Anonymous said…
concordo, mas não acredito na sorte em política
At 6:50 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Espadachim:
a sorte - ou a falta dela - que referi, a propósito do partido brasileiro, não ocupa, evidentemente, o lugar da responsabilidade decisória e de atracção de políticos credíveis que se candidatem. Claro que teve o seu papel com o falecimento de Tancredo, mas não quis dizer que a política brasileira é uma roleta.
Volte sempre.
At 9:34 AM, Flávio Santos said…
Por essas e outras é que o Juca Chaves dizia que o "povão" já estava farto de partidos e por isso ia votar PQB...
At 12:34 PM, Paulo Cunha Porto said…
PQB?
Post a Comment
<< Home