Quem Fala Assim é Gago
O Ministro Gago, hoje, em entrevista dada à estampa no
«Público», diz ser contra praxes académicas de mau
gosto, o que está muito bem, e, a respeito delas, que
não tolerará «práticas fascistas», que aqui é expressão
sem ponta por que se lhe pegue. Como já disse, há meses,
neste registo de pontos de vista, sou contra essas
imposições estudantis aos caloiros porque, embora
admitindo a submissão voluntária a ritos iniciáticos
de grupos fechados que se vejam como elitistas, creio
ser inegável que ninguém de bom senso atribuirá esse
estatuto à camarilha discente das universidades.
O que, porém, há a notar é que o Ministro mostra não
saber do que fala. Vai por aproximações, pensará ele.
Tem ideia de que o fascismo é uma coisa má; e como por má
tem a praxe, acha que uma coisa é igual à outra. Quem
usa as palavras com tão pouco rigor que garantias dará
de ser rigoroso no desempenho governativo?
«Público», diz ser contra praxes académicas de mau
gosto, o que está muito bem, e, a respeito delas, que
não tolerará «práticas fascistas», que aqui é expressão
sem ponta por que se lhe pegue. Como já disse, há meses,
neste registo de pontos de vista, sou contra essas
imposições estudantis aos caloiros porque, embora
admitindo a submissão voluntária a ritos iniciáticos
de grupos fechados que se vejam como elitistas, creio
ser inegável que ninguém de bom senso atribuirá esse
estatuto à camarilha discente das universidades.
O que, porém, há a notar é que o Ministro mostra não
saber do que fala. Vai por aproximações, pensará ele.
Tem ideia de que o fascismo é uma coisa má; e como por má
tem a praxe, acha que uma coisa é igual à outra. Quem
usa as palavras com tão pouco rigor que garantias dará
de ser rigoroso no desempenho governativo?
2 Comments:
At 10:01 AM, Flávio Santos said…
Já se sabe que hoje em dia, para ostracizar certos grupos, certas ideias, o uso da palavra "fascista" é de enorme eficácia. Falta de rigor? Claro que não, simples desonestidade (terrorismo) intelectual.
At 10:08 AM, Paulo Cunha Porto said…
Isso é verdade em muitos casos, Caríssimo. Mas neste, pela própria imagem apagada do entrevistado, uma espécie de "ministro-Stealth", parece-me apenas pura patetice...
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