Não Ver, ou Não Ser Visto?
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Sempre me causou impressão a prática dos detidos, quando levados pela polícia, e dos presentes a julgamento criminal, à saída dos tribunais, de taparem os rostos para não virem a ser reconhecidos, mais tarde. Como me faz espécie observar o repetido vício de os políticos do Ocidente julgarem que estão a salvo dos problemas se os fingirem não ver, numa perversão da natureza do avestruz, o qual realmente se priva da visão, ao procurar a segurança. Cite-se o exemplo da explosão islâmica de Paris, para a qual andavam a alertar, há vinte anos, Jean-Marie Le Pen, e, em tempos mais recentes, Oriana Falacci. Mas que levará um pobre homem vulgar, abaixo da classe média, a procurar, desta forma angustiante, o luxo modesto do sossego, senão do anonimato? A autoria da fotografia, mais difícil do que parece, pertence a Raymond Depardon.
Sempre me causou impressão a prática dos detidos, quando levados pela polícia, e dos presentes a julgamento criminal, à saída dos tribunais, de taparem os rostos para não virem a ser reconhecidos, mais tarde. Como me faz espécie observar o repetido vício de os políticos do Ocidente julgarem que estão a salvo dos problemas se os fingirem não ver, numa perversão da natureza do avestruz, o qual realmente se priva da visão, ao procurar a segurança. Cite-se o exemplo da explosão islâmica de Paris, para a qual andavam a alertar, há vinte anos, Jean-Marie Le Pen, e, em tempos mais recentes, Oriana Falacci. Mas que levará um pobre homem vulgar, abaixo da classe média, a procurar, desta forma angustiante, o luxo modesto do sossego, senão do anonimato? A autoria da fotografia, mais difícil do que parece, pertence a Raymond Depardon.
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