Leitura Matinal -168
Seremos nós da têmpera dos nossos Avós? Ou restar-nos-á,
decaídos como vamos estando, recorrer à fantasia de os ver
sair da tumba para resolver os nossos problemas? E que restaria
então, senão, num recalcado porque adiado desejo de os igualar,
a par da genuína vontade de os proteger, revelar-lhes que as
forças maléficas de hoje são de muito mais assombrosa proporção
do que as que eles venceram, na luta por Cristo e pelo Seu Rei?
Seria, em parte, uma desculpa esfarrapada, perante esses Vultos
gigantescos, mas, por outro lado, a melhor forma de Os honrar,
resolvendo por nós os problemas que nos cercam, sem esperarmos
que os nossos Maiores, uma vez mais, nos viessem fazer a papinha.
É o desafio. Prouvera a todos que o medo não fosse maior.
Quero dedicar o poema de hoje a um Extraordinário Bloguista,
bem cônscio dos ridículos do mundo de hoje, como fiel à Herança
consubstanciada na Coroa dos nossos Soberanos e na Matriz
Cristã da nossa História. Ao Velho da Montanha, que hoje celebra
o Seu aniversário. Possa esta poesia ser a velinha que eu e todos
os seus muitos outros admiradores nos juntamos para ajudar a
soprar.
Do enorme e demasiado esquecido Tomaz de Figueiredo:
IMAGINAÇÃO
Chegámos, velho! Ali reza a igreja
que o Pescador do lago tem de orago.
Olha os seus modilhões, olha o seu pórtico,
a sua pedra, negra dos invernos.
Entremos e benzamo-nos. Azeite,
não vês que espilra à frente do sacrário?
Olha tumbas de feros cavaleiros,
onde, além de ossos, talvez haja espadas,
guantes, acicates, misericórdias.
Se estalassem agora essas arcas,
ricos-homens rompessem, aclamando
o Rei, com o bradar dos Afonsinhos:
«Nós somos livres! Nosso Rei é livre!»?
Palavra, amigo, que eu lhes assoprava:
- Cautela, acho melhor voltem a ossos,
voltem vossos montantes a ferrugem!
Se espreita algum apagador de estrelas,
vos aboca a pistola, o gadanho
vos deita à gorge, vos algema e leva?!
decaídos como vamos estando, recorrer à fantasia de os ver
sair da tumba para resolver os nossos problemas? E que restaria
então, senão, num recalcado porque adiado desejo de os igualar,
a par da genuína vontade de os proteger, revelar-lhes que as
forças maléficas de hoje são de muito mais assombrosa proporção
do que as que eles venceram, na luta por Cristo e pelo Seu Rei?
Seria, em parte, uma desculpa esfarrapada, perante esses Vultos
gigantescos, mas, por outro lado, a melhor forma de Os honrar,
resolvendo por nós os problemas que nos cercam, sem esperarmos
que os nossos Maiores, uma vez mais, nos viessem fazer a papinha.
É o desafio. Prouvera a todos que o medo não fosse maior.
Quero dedicar o poema de hoje a um Extraordinário Bloguista,
bem cônscio dos ridículos do mundo de hoje, como fiel à Herança
consubstanciada na Coroa dos nossos Soberanos e na Matriz
Cristã da nossa História. Ao Velho da Montanha, que hoje celebra
o Seu aniversário. Possa esta poesia ser a velinha que eu e todos
os seus muitos outros admiradores nos juntamos para ajudar a
soprar.
Do enorme e demasiado esquecido Tomaz de Figueiredo:
IMAGINAÇÃO
Chegámos, velho! Ali reza a igreja
que o Pescador do lago tem de orago.
Olha os seus modilhões, olha o seu pórtico,
a sua pedra, negra dos invernos.
Entremos e benzamo-nos. Azeite,
não vês que espilra à frente do sacrário?
Olha tumbas de feros cavaleiros,
onde, além de ossos, talvez haja espadas,
guantes, acicates, misericórdias.
Se estalassem agora essas arcas,
ricos-homens rompessem, aclamando
o Rei, com o bradar dos Afonsinhos:
«Nós somos livres! Nosso Rei é livre!»?
Palavra, amigo, que eu lhes assoprava:
- Cautela, acho melhor voltem a ossos,
voltem vossos montantes a ferrugem!
Se espreita algum apagador de estrelas,
vos aboca a pistola, o gadanho
vos deita à gorge, vos algema e leva?!
2 Comments:
At 12:11 PM, Anonymous said…
Meu caro amigo. Confesso que fiquei tocado com a sua simpatia ao dedicar-me tão adequado poema. Eu, mais egoísta, apenas falei de mim no meu blogue, no entanto não queria deixar de lhe agradecer e retribuir-lhe também os parabéns pelo seu aniversário, juntando-o assim ao "povo do 3 de Novembro", do qual já conheço algum.
Um abraço.
At 9:41 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caríssimo «Velho»
É sempre uma honra e um prazer estar em Tal Companhia.
Abraço.
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