Leitura Matinal -140
Quem não se lembra de Clint Eastwood, em «Million Dollars Baby»,
gozando repetidamente um Padre, com perguntas sobre o Espírito
Santo? E Ernst Juenger tem um passo, creio que em Eumeswil, onde
realça a popularidade de que Jesus usufrui nos nossos dias e a persistente presença de Deus Pai, a par da total decadência da dedicação à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
E contudo... o pecado contra o Espírito Santo é aquele que não será
perdoado. Qual é ele? A Santa Madre Igreja define-o como a tentativa de
atribuir a origem do Mal ao Bem absoluto. Eu, numa interpretação algo
arbitrária das Virtudes Cardeais, proponho as Três pessoas da Hipóstase
como Ilustrações Prioritárias da Fé, no caso do Pai, da Caridade, no que
toca ao Filho e da Esperança, veiculada pelo Paracleto, pelo que pecar
contra Este, coicidiria com a perda da Esperança, o que não é incompatível com o ensinamento oficial. O entendimento mais tradicional dava, contudo, o Amor de Deus Expresso na Caridade e a Esperança em Deus-Homem, com a mensagem da Salvação.
Penso, porém, que para as mentes adversas de hoje, é uma teorização
menos sedutora, já que o egoísmo da época vê o Amor como uma
peripécia da vida, não O conseguindo lobrigar como a Essência da Vida. E tende a encerrá-lo numa figuração humana, não estando disposto a
considerá-lo numa Pomba, esquecendo que também a Luz e o Fogo O
representam. Ao invés, consegue entender o que de trancendente há na
Esperança. E facultar Esta ao Homem não foi etapa pequena na
transposição divina do Supremo Poder judaico para o Supremo Bem
Cristão.
De D. H. Lawrence, em forma portuguesa dada por Maria de Lourdes
Guimarães, realçando a percepção interessada mas profunda da
reciprocidade do Sentimento entre Deus e Homem,
DEUS E O ESPÍRITO SANTO
Não há um pecado contra Deus. Que interessa a Deus um pecado?
Mas há o pecado contra o Espírito Santo, visto que o Espírito Santo está #connosco
na carne, faz parte da nossa consciência.
O Espírito Santo é a parte mais profunda da própria consciência
em que conhecemos aquilo que somos
e conhecemos a nossa dependência em relação ao criador.
Assim se formos contra a nossa consciência mais profunda,
destruiremos naturalmente o eu essencial em nós;
e uma vez destruído, não há solução, nem nos poderemos salvar:
o que menos somos é o que nos pertence.
gozando repetidamente um Padre, com perguntas sobre o Espírito
Santo? E Ernst Juenger tem um passo, creio que em Eumeswil, onde
realça a popularidade de que Jesus usufrui nos nossos dias e a persistente presença de Deus Pai, a par da total decadência da dedicação à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
E contudo... o pecado contra o Espírito Santo é aquele que não será
perdoado. Qual é ele? A Santa Madre Igreja define-o como a tentativa de
atribuir a origem do Mal ao Bem absoluto. Eu, numa interpretação algo
arbitrária das Virtudes Cardeais, proponho as Três pessoas da Hipóstase
como Ilustrações Prioritárias da Fé, no caso do Pai, da Caridade, no que
toca ao Filho e da Esperança, veiculada pelo Paracleto, pelo que pecar
contra Este, coicidiria com a perda da Esperança, o que não é incompatível com o ensinamento oficial. O entendimento mais tradicional dava, contudo, o Amor de Deus Expresso na Caridade e a Esperança em Deus-Homem, com a mensagem da Salvação.
Penso, porém, que para as mentes adversas de hoje, é uma teorização
menos sedutora, já que o egoísmo da época vê o Amor como uma
peripécia da vida, não O conseguindo lobrigar como a Essência da Vida. E tende a encerrá-lo numa figuração humana, não estando disposto a
considerá-lo numa Pomba, esquecendo que também a Luz e o Fogo O
representam. Ao invés, consegue entender o que de trancendente há na
Esperança. E facultar Esta ao Homem não foi etapa pequena na
transposição divina do Supremo Poder judaico para o Supremo Bem
Cristão.
De D. H. Lawrence, em forma portuguesa dada por Maria de Lourdes
Guimarães, realçando a percepção interessada mas profunda da
reciprocidade do Sentimento entre Deus e Homem,
DEUS E O ESPÍRITO SANTO
Não há um pecado contra Deus. Que interessa a Deus um pecado?
Mas há o pecado contra o Espírito Santo, visto que o Espírito Santo está #connosco
na carne, faz parte da nossa consciência.
O Espírito Santo é a parte mais profunda da própria consciência
em que conhecemos aquilo que somos
e conhecemos a nossa dependência em relação ao criador.
Assim se formos contra a nossa consciência mais profunda,
destruiremos naturalmente o eu essencial em nós;
e uma vez destruído, não há solução, nem nos poderemos salvar:
o que menos somos é o que nos pertence.
10 Comments:
At 10:38 AM, Anonymous said…
Agradeço as boas-vindas:)
O que é o Pecado?
É sair à rua de tranças e laços, apesar da idade?
É usar ganga em noite de gala?
É colocar primeiro o adjectivo e depois o sujeito?
É ousar?
At 11:05 AM, Paulo Cunha Porto said…
Usar ganga em noite de gala parece-me, realmente coisa grave. As tranças, só apreciando caso a caso. À colocação do adjectivo cabe o epíteto de "clássico", não de pecador.
Mas sério, sério, há uma Coisa, pelos vistos esquecida, que se chama Decálogo. Se ousar levar a infrigi-lo, é.
E daí não é salutar que se saia. A Alegria não depende disso.
At 1:11 PM, Anonymous said…
Impressionante a sua resposta!
:)
At 1:39 PM, Anonymous said…
Pensei melhor, a palavra + certa é: fascinante!
At 5:49 PM, Paulo Cunha Porto said…
E isso, apesar de a digitação ter omitido um "n"? Ainda bem que o sentido de «impressionante» ficou livre de uma ambiguidade que me deixaria em séria angústia.
Obrigado.
At 8:57 PM, Anonymous said…
Angústia?!
At 9:23 PM, Paulo Cunha Porto said…
A incerteza sobre se «impressionante» era para bem ou para mal.
At 9:53 PM, Anonymous said…
No bom sentido claro, eu gosto da suas certezas. Aliás a pergunta «O que é o Pecado» foi, confesso, uma "provocação" a essas certezas.
Se faltar alguma letra, é mero acaso.
At 10:08 AM, João Villalobos said…
Caríssimo, apreciando sumamente a tua teológica proposta, devo no entanto dizer que não está para mim claro qual o papel que reservas a Maria, visto que te resumes à patriarcal trindade. No entanto, desde o Dogma da Ascensão, considera-se estar a mãe do Cristo sentada a seu lado o que, portanto, transforma o paternal triângulo num familiar quadrado. Ou não?
At 2:38 PM, Paulo Cunha Porto said…
Sentada a Seu Lado, não Parte do Mistério da Trindade. E já lembrei o Culto de Maria numa pequena intervençao sobre a constitucionalidade do exclusivo masculino no papel de sacerdote, num debate que ocorreu no «Cocanha», com os respectivos comentários.
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