A Fraqueza Não Compensa

Não tenho, ao contrário de muitos Amigos, uma postura
apriorística de desconfiança contra a imigração; mas
tenho-a, absolutamente, contra a imigração ilegal. Como
poderá um estado confiar em indivíduos cujo primeiro acto,
ao entrar no país, foi uma infracção às suas leis? Que
garantias dão esses invasores de que cumprirão as restantes?
E a questão agrava-se quando a ousadia chega ao ponto, como
em Melilla, de usar a violência para derrubar o primeiro dos
símbolos nacionais, a fronteira. Confiados no humanitarismo
do Reino de Espanha, os trangressores decidiram arriscar tudo,
deitando abaixo a vedação, na convicção de que, à imagem dos
seus precursores, não seriam maltratados e na certeza de que
as camisas de força das lacunas normativas de Direito
Internacional não permitiriam a sua devolução à procedência.
Nuestros Hermanos queixam-se - e com razão. Mas não terá sido
a tolerãncia excessiva que levou, em matéria de circulação de
pessoas, a esta quase extensão da União Europeia a Marrocos?