Leitura Matinal -114
Chesterton, sempre ele, dizia que não existe homem algum,
do mais erudito ao mais simples, que, neste ou naquele momento,
não tenha tentado fazer versos, nem que fosse um incipiente mas
musical louvor não escrito do que conhecia e amava.
O que todos procuramos Nele, no Poeta, não será uma qualquer demiurgia,
como pretendem os menos modestos dos literatos dessa espécie,
mas sim um contacto com a perenidade, com o poder de aplacar
as nossas angústias e de nos fazer sentir elevados a meios superiores
ao cansativo habitat que nos condiciona. Ele é a vitória sobre o Espaço
e a fuga à prisão do Tempo; é o que, deixando-nos aquilo que melhor
captamos no Humano - a sensibilidade - nos superioriza, libertando
os espíritos para regiões mais elevadas.
De Emily Dickinson, de acordo com a tradução de Nuno Júdice,
Eis um Poeta - Aquele que
Tira surpreendentes sentidos
Das significações habituais -
E uma Essência tão vasta
Das espécies familiares
Que pereceram diante da Porta -
Que nos espanta não termos sido nós
A captá-la - antes -
Das Imagens, o Revelador -
O Poeta - é Ele -
Quem Nos investe - por Antítese -
Numa perpétua Indigência -
Dessa Herança - tão inconsciente -
Que Roubo algum - o poderia prejudicar -
Ele próprio - para Si próprio - um Tesouro -
Estranho - ao próprio Tempo -
do mais erudito ao mais simples, que, neste ou naquele momento,
não tenha tentado fazer versos, nem que fosse um incipiente mas
musical louvor não escrito do que conhecia e amava.
O que todos procuramos Nele, no Poeta, não será uma qualquer demiurgia,
como pretendem os menos modestos dos literatos dessa espécie,
mas sim um contacto com a perenidade, com o poder de aplacar
as nossas angústias e de nos fazer sentir elevados a meios superiores
ao cansativo habitat que nos condiciona. Ele é a vitória sobre o Espaço
e a fuga à prisão do Tempo; é o que, deixando-nos aquilo que melhor
captamos no Humano - a sensibilidade - nos superioriza, libertando
os espíritos para regiões mais elevadas.
De Emily Dickinson, de acordo com a tradução de Nuno Júdice,
Eis um Poeta - Aquele que
Tira surpreendentes sentidos
Das significações habituais -
E uma Essência tão vasta
Das espécies familiares
Que pereceram diante da Porta -
Que nos espanta não termos sido nós
A captá-la - antes -
Das Imagens, o Revelador -
O Poeta - é Ele -
Quem Nos investe - por Antítese -
Numa perpétua Indigência -
Dessa Herança - tão inconsciente -
Que Roubo algum - o poderia prejudicar -
Ele próprio - para Si próprio - um Tesouro -
Estranho - ao próprio Tempo -
3 Comments:
At 1:59 PM, Anonymous said…
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At 5:29 PM, Anonymous said…
Para Ti:
Ausência
Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais
funda do que a tua.
Sophia M.B. Andresen
At 10:09 PM, Anonymous said…
O Anonymous sou eu...desculpa aquela reacção.
Mesmo sem falar contigo (talvez não queiras, eu entendo) pensei, pensei muito.
Admito que tive uma reacção brusca, mas tu sabes o momento que estou a passar.
Espero que me desculpes, por ter duvidado, pois mesmo se não voltarmos a falar, eu sei que tu não és aquela pessoa referida por AL.
Segunda-feira regresso ao lugar que tu sabes, é um convite...
Quero que sejas feliz.
Beijoprofundo.
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