Leitura Matinal -53
Evitar a alternãncia autodestrutiva das cumeadas
sentimentais com as quedas abruptas aos mais baixos
índices de confiança, em si e no Mundo, parece-me
da mais elementar prudência. Atenhamo-nos pois ao
concreto, procurando retirar de cada lance da Vida
o que ele possa dar, sem que a imaginação seja factor,
resultando na ultrapassagem das dores vagas e
exageradamente decadentes que cantou Alberto Osório
de Castro, num poema datado de 25 de Maio de 1922:
ESPARSAS DE UM SONHO MORTO
Quem diz que o chorar descansa
he de ter pouco chorado.
Cristovão Falcão-Trovas de Crisfal
Vi o Paraiso um dia
E perdi-o, por meu mal!
(Ou por meu bem?...) Quem diria
Que o Paraiso veria
Ainda na vida mortal!
Foi de existência anterior,
Que nem sempre a morte acalma,
Entrevisão, ou de amor
Uma ilusão, a maior
Que possa nascer na alma?
Vi o Paraiso, vi-o
Ardente sonho desperto!
Ai! num momento perdi-o
E desde então tudo é frio,
Tudo é árido deserto.
Tão tarde me apareceu,
E tão cedo evanescido,
Aquele sonho do céu!
Sonho, que logo morreu,
Do Paraiso perdido.
sentimentais com as quedas abruptas aos mais baixos
índices de confiança, em si e no Mundo, parece-me
da mais elementar prudência. Atenhamo-nos pois ao
concreto, procurando retirar de cada lance da Vida
o que ele possa dar, sem que a imaginação seja factor,
resultando na ultrapassagem das dores vagas e
exageradamente decadentes que cantou Alberto Osório
de Castro, num poema datado de 25 de Maio de 1922:
ESPARSAS DE UM SONHO MORTO
Quem diz que o chorar descansa
he de ter pouco chorado.
Cristovão Falcão-Trovas de Crisfal
Vi o Paraiso um dia
E perdi-o, por meu mal!
(Ou por meu bem?...) Quem diria
Que o Paraiso veria
Ainda na vida mortal!
Foi de existência anterior,
Que nem sempre a morte acalma,
Entrevisão, ou de amor
Uma ilusão, a maior
Que possa nascer na alma?
Vi o Paraiso, vi-o
Ardente sonho desperto!
Ai! num momento perdi-o
E desde então tudo é frio,
Tudo é árido deserto.
Tão tarde me apareceu,
E tão cedo evanescido,
Aquele sonho do céu!
Sonho, que logo morreu,
Do Paraiso perdido.
1 Comments:
At 10:47 AM, Flávio Santos said…
Que tempos, estes! No segundo verso "li" o seguinte:
"E perdi-o por meu mail"!.
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