Gostos & Desgostos
Finda a leitura do estudo de Mário Brandão sobre a biografia
de Antero de Quental enquanto estudante, ocorre-me que
lamentamos o mau gosto das praxes académicas por bem pouca
coisa. Vá lá entender-se porquê, a brincadeira estudantil preferida
daqueles tempos era o espancamento do caloiro, tudo feito muito
à séria. E como o homem - e, para o caso, também o fedelho - quer
sempre aquilo que não tem, houve, à época, petições aos poderes
públicos para que os matriculados de Coimbra deixassem de estar
obrigados ao uso do trajo académico; hoje, como se sabe, tudo o que
frequenta, mesmo ao de leve, uma Universidade quer mascarar-se
com aquela farpela, mais que não seja aquando de festividades de que
a respectiva escola tem nula tradição. É a diferença entre uma efectiva
condição social, que tinha foro e prisão próprios, e um transitório primeiro
passo de uma carreira diluída na mais civil vulgaridade, a qual, para se
dar ares, preza ocasionalmente este aspecto pitoresco!
de Antero de Quental enquanto estudante, ocorre-me que
lamentamos o mau gosto das praxes académicas por bem pouca
coisa. Vá lá entender-se porquê, a brincadeira estudantil preferida
daqueles tempos era o espancamento do caloiro, tudo feito muito
à séria. E como o homem - e, para o caso, também o fedelho - quer
sempre aquilo que não tem, houve, à época, petições aos poderes
públicos para que os matriculados de Coimbra deixassem de estar
obrigados ao uso do trajo académico; hoje, como se sabe, tudo o que
frequenta, mesmo ao de leve, uma Universidade quer mascarar-se
com aquela farpela, mais que não seja aquando de festividades de que
a respectiva escola tem nula tradição. É a diferença entre uma efectiva
condição social, que tinha foro e prisão próprios, e um transitório primeiro
passo de uma carreira diluída na mais civil vulgaridade, a qual, para se
dar ares, preza ocasionalmente este aspecto pitoresco!
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