O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Wednesday, December 20, 2006

O Fado do Trinta e Um

É de enaltecer que os magistrados encarregados de dar parecer sobre o caso tenham entendido que não é de alargar os mecanismos repressores da violência doméstica a relações homossexuais que partilhem o mesmo tecto. Não colhe a desculpa da igualdade, quando de coisa desigual se trata. Se um dos membros de um desses entendimentos dá sovas periódicas no outro e este não gosta, só tem o agredido de se ir embora e apresentar queixa pelas ofensas corporais na previsão mais genérica da lei. Não havendo casamento homossexual no nosso País, nada entrava essa retirada, ao contrário da pressão social, ou simples desejo de salvar o matrimónio. Reconhecendo não haver o «caldo sociológico» que justifique a extensão, evitaram os relatores da abalizada opinião um grande caldinho: o de criar um precedente e um argumento para virem alguns maduros insistir no tenebroso casamento gay, que de alegre nada tem, apenas transmite mensagem fúnebre dos Valores que fizeram uma Civilização.

10 Comments:

  • At 1:40 PM, Anonymous Anonymous said…

    Ser "gay friendly" é mais um dos actuais pressupostos para ser políticamente correcto. Mas não dizem que devemos ser amigos dos animais!? Pois então!
    Agora um pouco fora do contexto...O meu caro amigo sabe como está a evoluir a legislação romena sobre esta temática? Era um dos grandes entraves da entrada do país para a UE. Por lá, ser homossexual ainda dava pena de prisão. Bom, também não cheguemos a tanto.

     
  • At 3:56 PM, Anonymous Anonymous said…

    Querido Paulo
    Não me vou pronunciar sobre os Gay.
    Mas, com as mulheres é muito mais complicado do que "pressão social e salvar o matrimónio".
    Pode ser uma questão de independência económica por poder ficar sem os filhos e quase sempre pelo "drama psicológico da vítima" que é coisa complicadíssima.
    Beijinho

     
  • At 4:01 PM, Anonymous Anonymous said…

    paulo,
    não partilho da totalidade da opinião hoje demonstrada neste post. defendo que as orientações sexuais, religiosas e culturais devem ser respeitadas, desde que haja um respeito mútuo.

     
  • At 7:42 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Sim, Caríssimo Capitão-Mor. Nem benefícios irracionais, nem perseguições absurdas. Ignoro a evolução romena.

    Querida Marta
    O primeiro ponto parece-me abrangido pela tentativa de salvar o enlace, ainda que pensando na prole. E, pensando bem, o segundo igualmente, mesmo que à custa da preservação da paz podre, ao ver como pior a formalização da ruptura. O que não invalida o sofrimento, claro.

    Querida Teresa:
    Mas onde está o desrespeito? Que cada um coma do que gosta. Apenas não quero que se estenda ilegitimamente um mecanismo de protecção que pode ser usado para forçar a legalização de um casamento para im inadmissível.
    Beijinhos e abraços.

     
  • At 9:14 PM, Anonymous Anonymous said…

    Também devia haver seguros para gays...
    Ó Kay Gay - para agradar a activistas contar a lei.

     
  • At 9:17 PM, Anonymous Anonymous said…

    Contra a lei, digo.
    Cumpts. e desculpe o comentário algo rasteiro.

     
  • At 9:41 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Nada rasteiro: de elevação extrema, considerando o tema! Mas, Caro Bic, que desperdício, a Marta - a do anúncio -, a segurá-los. Ai, a rasteirice deu fi em rasteira linguística.
    Abraço.

     
  • At 10:39 PM, Anonymous Anonymous said…

    Este seria um bom momento para o Paulo explicar, com a clareza que lhe conhecemos, as razões que o levam a ser contra a homossexualidade. (Da forma de regime político já estou conversado... ;-) )
    Abraço

     
  • At 9:55 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro Miguel:
    Não sou conta a homossexualidade, cada um faz da sua vida o que quiser. Sou contra a extensão do matrimónio aos homossexuais, porque não o vejo como um direito. Para os Crentes, que não estão metidos a este barulho já que, por enquanto, a Sata Madre Igreja não põe a questão, será um sacramento. Para o poder civil, laico e republicano, é um contrato, que visa um ideal de respeitabilidade assente na constituição de uma família segundo o molde que se foi desenvolvendo, para assegurar direitos de filhos e credores e contiunuidade da Pátria.
    Nada disso estará presente em parelhas "homo", apesar da repugnante tentativa de lhes estender a adopção. Só não desconfia do que sofreriam as crianças vítimas dessa inovação quem não conheça a maldade intrínseca com que nas idades tenras procuram qualquer característica familiar minoritária para troçar dos outros. É a boceta de pandora, enfim.
    Abraço.

     
  • At 11:27 PM, Anonymous Anonymous said…

    É claro que não é contra a homossexualidade. Mas...

    "um ideal de respeitabilidade - para assegurar direitos - e continuidade"

    eu queria que fosse mais objectivo e menos adjectivo. Porquê a falta de respeitabilidade?

     

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