As Bombas da Imprensa
O editorial de Eduardo Dâmaso, hoje, no «DN», parece um modelo de bom senso, mas é coisa muito menos estimável: é a tentativa de prolongar a atitude da Imprensa de Referência que, durante duas décadas, se conluiou para arrefecer os ânimos da questão de Camarate, em nome da paz político-social, desqualificando como «extremista» a luta de Augusto Cid e de «O DIABO» para descobrir a verdade. Não me meto por simpatias pelos políticos falecidos. Eram homens do regime, por causa da autofagia e filifagia deste morreram, tenha havido ou não erro no alvo. O que não aceito é que se mantenha a mesma atitude na reacção que vincula um jornal com responsabilidades - uma postura de relativização duma confissão de autoria crimnosa, por muito risíveis que os motivos invocados sejam.
4 Comments:
At 5:57 PM, Bic Laranja said…
Permita-me expor uma mera opinião, pouco baseada de resto.
Pegue num teco-teco como aquele Cessna; encha-o de combustível, de passageiros e sobrecarregue-o até ao gargalo com carga panfletária para comícios eleitorais (o Paulo sabe o peso que o papel pode ter). É certo e sabido que o teco-teco galgará toda a pista e mais alguma só para levantar do chão. Admita uma avaria mecânica num motor no momento mais crítico do voo: a descolagem. Crê que a aeronave irá subir só com metade da potência?!...
A autafagia do regime está aí: na carga panfletária a bordo e no preço das entrevistas do Esteves... É um regime de papel.
Cumpts.
At 6:11 PM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihi, Caro Bic Laranja, esta conclusão de sonho a rematar um comentário já de si excepcional valeria vinte postaizitos como este.
Grande abreaço.
At 11:08 PM, Anonymous said…
Há muitas coisas que ninguém explicou e nem pareceram interessados em fazê-lo: estilhaços metálicos nas pernas do piloto, a estranha morte do dono do avião e da sua companheira após anúncio que iria fazer algumas revelações, o desinteresse em manter sob prisão o alegado actor do atentado, Lee Rodrigues, etc.
At 2:38 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Anónimo:
Tenho o Enorme volume de Augusto Cid sobre Camarate em que todos esses "esquecimenttos" são referidos. No que toca à questão do "post", sempre direi que a atitude que desvalorizava as revelações a propósito do que se terá passado tem grande paralelo com este relegar das motivações do bombista artesanal para uma espécie de perversão, ou excentricidade na escolha das excitações...
Abraço.
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