O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Monday, November 27, 2006

A Sete Chaves

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Não voltarei tão cedo ao assunto dos afectos que os sapatos despertam, apesar de o tema continuar a fazer o seu caminho. Pensando Numa Querida Amiga que afirma repetidamente preferir os cintos ao calçado, apesar de ninguém que olhe a sua colecção de invólucros dos pés o poder adivinhar facilmente, tentarei prosseguir na inquirição do que prende a Mulher a estes artefactos. E surgiu-me como impossível de ignorar o caso em que Ela é por outrem ligada a eles. Pensei no cinto de castidade, o qual desempenha no imaginário de hoje um papel desproporcionado da difusão que teve outrora.
E daí saltei para o curiosíssimo objecto da direita, que encerra a cadeado a extremidade da perna feminina. Não se vê facilmente que tenha outra função do que a de assegurar uma maximização erótica, correspondendo ao Espírito do Tempo: onde outrora o cadeado visava restringir a prática sexual, pretende hoje obrigar a uma conduta que a potencie, segundo os desejos do detentor das chaves. Mas claro que algum Leitor mais inocente tem inteira liberdade de defender que se trata apenas de um designer a querer assegurar que o manequim contratado usará o modelo desenhado durante o período que se estipulou...

12 Comments:

  • At 9:53 PM, Anonymous Anonymous said…

    Estamos em onda fetichista caro amigo?
    Abraço

     
  • At 10:22 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Calma, Caro Capitão-mor, não mais do que o costume. Isto pretende ser uma observação científica!

     
  • At 10:42 PM, Anonymous Anonymous said…

    Bons tempos, em que os filhos não eram parecidos com o padeiro ou com o talhante. Abraço

     
  • At 11:30 PM, Anonymous Anonymous said…

    pois, pois..."observação científica"...pois,pois.

     
  • At 12:08 AM, Anonymous Anonymous said…

    Esse curioso cinto... Relíquia de alguma das pequenas que V.S. por aí posta?

     
  • At 9:27 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro DemoKrata:
    Mas olhe que tendo sido o âmbito da utilização do artefacto muito mais restrito do que se poderia crer, ainda restava um grande raio de acção para os fornecedores...

    Querida Teresa:
    A duvidar do meu distanciamento???!!!
    Aposto que estes sapatinhos faltam na Tua exaustiva colecção...

    Lembro ao Ilustríssimo Je Maintiendrai que se trata de um cinto de CASTIDADE. Conhecendo as Piquenas mantém V. Senhoria a dúvida?
    Beijinho e abraços.

     
  • At 10:27 AM, Anonymous Anonymous said…

    Também gosto de cintos, Paulo
    mas garanto que não o da castidade.
    O fetichismo do cinto de ligas vem do cinto de castidade.
    Os sapatos podem ser eróticos mas muito evidentes.
    Beijinho

     
  • At 10:41 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Querida Marta:
    Ainda bem que fala no cinto de ligas, conto abordá-lo logo mais.
    Beijinho.

     
  • At 7:36 PM, Anonymous Anonymous said…

    A propósito deste post, lembrei-me do caso passado com um meu clega, espacialista em genética que, assistindo ao parto da esposa, murmurou: curioso, esperava um filho e saíu-me um vizinho...

    Psiquiatra

     
  • At 8:43 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Hihihihihihi, Meu Caro Psiquiatra. Mas obviaria o cintozinho a isso? Com a quantidade de gazuas que por aí há...
    Abraço.

     
  • At 12:34 AM, Blogger zazie said…

    O que eu aprendo por aqui. Essa do erotismo óbvio dos sapatos foi mesmo uma descoberta.

    eheheheh

    Recordou-me aquelas conversas do Alberto Pimenta em que até uma maçaneta de uma porta é altamente provocante

    ahahahaha

     
  • At 9:56 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Querida Zazie:
    Nunca subestimes o que uma maçaneta pode desencadear, hihihihi.
    Beijocas.

     

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