Snif Snif
Não há maneira de aceitar a decisão de suspender a emissão do programa da TV italiana que, alegadamente, comprovaria que um em cada três parlamentares transalpinos consumiria haxixe, ou cocaína. O argumento de que eles não sabiam estar a ser filmados não colhe, porque o consumo dessas substâncias é penalmente punível em Itália e, se dependesse da autorização dos interessados, ficaria estatuído, de facto, que a denúncia de um crime estaria sujeita à autorização do criminoso. E não se invoque a imunidade parlamentar, pois esta implica apenas que o beneficiário dela não seja julgado no decurso do mandato, não o silenciamento de factos que possam conduzir a indiciá-lo. O ex-presidente da Câmara, Casini, numa atitude digna, já veio sugerir que todos os membros da Câmara se submetessem a um teste.
Já em Portugal o caso põe-se da maneira diferente. Despenalizada que foi a posse de droga para uso pessoal, a relevância penalística da sua utilização inexistiria. Mas não se pode aceitar a posição do Sr. Miguel Portas, o qual, dizendo opor-se à divulgação de um teste similar no Nosso País, afirma ser esse um assunto pessoal, do qual não deve ser dado conhecimento ao público. Não é assim. Sabendo-se que o recurso a estupefacientes afecta o funcionamento do cérebro, os eleitores teriam todo o direito de julgar os seus representantes sob esse ponto de vista e a acederem ao conhecimento desse elemento para poderem produzir o seu juízo. A menos que o ideal do ilustre militante do Bloco de Esquerda seja transformar São Bento na maior das salas de chuto...
Já em Portugal o caso põe-se da maneira diferente. Despenalizada que foi a posse de droga para uso pessoal, a relevância penalística da sua utilização inexistiria. Mas não se pode aceitar a posição do Sr. Miguel Portas, o qual, dizendo opor-se à divulgação de um teste similar no Nosso País, afirma ser esse um assunto pessoal, do qual não deve ser dado conhecimento ao público. Não é assim. Sabendo-se que o recurso a estupefacientes afecta o funcionamento do cérebro, os eleitores teriam todo o direito de julgar os seus representantes sob esse ponto de vista e a acederem ao conhecimento desse elemento para poderem produzir o seu juízo. A menos que o ideal do ilustre militante do Bloco de Esquerda seja transformar São Bento na maior das salas de chuto...
2 Comments:
At 11:06 PM, Anonymous said…
Consta, digo eu, que nas dependências bloquistas em S. Bento paira um nevoeiro que nunca cessa...
At 8:28 AM, Paulo Cunha Porto said…
Hihihihihi, Meu Caro Simão, isso explicaria muitos dos posicionamentos. Mas, imaginando que se põem nesse estado para terem desculpa, quase apetece recuperar a figura do "crime preterintecional".
Abraço.
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