Sócrates Sem Apologia
Que o nosso Primeiro considere a separação entre os poderes executivo e judicial uma «questão menor e irrelevante» já se suspeitava, pelas alterações que pretende impor à avaliação profissional dos Magistrados e à inclusão de corpos estranhos no STJ, através da criação não de uma quota mas de uma coutada, reservada a paraquedistas. O que é pena é que não tenha posto preto no branco esse Norte da sua eventual acção governativa no programa eleitoral com que se propôs aos Portugueses, salvo o privilegiado Dr. Ferro e, involuntariamente, os profissionais que intervieram nas escutas ordenadas.
Do que parece não haver dúvida é de que, sabendo-se do indesculpável desdém que o Eng. Sócrates confessa pela independência de quem julga face a quem manda, devem ser escrutinadas ao milímetro as influências que a classe política possa ter movido, quer na obtenção da não ida a julgamento do Dr. Pedroso, quer da própria intangibilidade de facto do anterior Secretário-Geral.
2 Comments:
At 11:10 PM, Anonymous said…
O poder reforça as armaduras para que a justiça não o incomode muito. Espero que os comentadores responsáveis pela "opinião pública" tenham a honestidade de explicar aos cidadãos mais distraídos deste país, o que está em causa.
At 8:51 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Anónmo:
Temo que haja entre eles uma unanimidade de concordância com o P-M, mais que não seja na expectativa da vez deles, em cuja esperança muitos vivem.
Abraço.
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