Lutadores & Imprestáveis

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Cinco de Outubro é o dia em que sempre espero que chova, porque é aquele em que a seca mais se faz sentir. Está pisado e repisado o somatório de incompetências e derrotismos que, de um lado e de outro afastaram, temporariamente, espera-se, a Coroa Portuguesa. Ganhou quem teve menos medo de vencer. Os que me seguiram no ano transacto terão visto as pequenas homenagens que dirigi a Quem não se quis render, como Couceiro, ou sequer viver sob a ignomínia, caso de Frederico Pinheiro Chagas. Hoje a minha memória dirige-se para Hermenegildo Capelo, Herói autêntico a quem o País devia serviços de ordem bem diversa da parada e agitação que ocupava tantos dos nossos militares. Estando à frente da Casa Militar do Rei D. Manuel II e morando em Massamá, veio a pé, apesar dos 70 anos que vivia, para junto do Seu Senhor, no Palácio das Necessidades, disposto à luta. Um que cumpriu. Pena que dos mais novos tão poucos o hajam feito. Não os posso censurar, quanto à falta de vontade de defender um sistema dominado pelos partidos. Mas lamento que não tenham feito das fraquezas forças para impedir que o Trono Nacional fosse relegado para objecto de museu.
São, por conseguinte, referências destas que podem animar os núcleos de resistência intelectual, de forma a garantir aptidão no momento de reconstruir, no Futuro.