A Ilha do Tesouro
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Eis que um misantropo assombrado se depara com a surpreendente notícia de que uma em cada cinco crianças do Reino Unido não consegue identificar o seu País no mapa e que mais de um terço se mostra incapaz de apontar os Estados Unidos. Para quem, como eu, tinha como um dos principais entretenimentos de miúdo o exaustivo perscrutar dos planisférios com os Amigos, isto é surpreendente. E logo numa Nação cujo sistema educativo é louvado à exaustão! Num certo sentido ainda é pior do que o panorama do Secundário norte-americano, pois os alunos deste, de uma ignorância atroz quanto ao resto do Mundo, são bem adestrados no estudo geográfico da União e dos seus diversos estados. O que me leva a pensar se no nosso País haverá muita miudagem que não ligue Portugal ao «Rectângulo» e a sua situação a esta extremidade peninsular...
Culpa das Novas Geografias, que tanto insistiram em meter na cabeça das crianças a equação das distâncias em custos e os complicados padrões descritivos, que esqueceram o básico. Nunca me sairá da cabeça o desgosto de uma Professora que tive, quando eu dava como essencial, numa aula, o conhecimento de determinadas fronteiras africanas, por «não me ter conseguido mudar a velha concepção da disciplina»...
Eis que um misantropo assombrado se depara com a surpreendente notícia de que uma em cada cinco crianças do Reino Unido não consegue identificar o seu País no mapa e que mais de um terço se mostra incapaz de apontar os Estados Unidos. Para quem, como eu, tinha como um dos principais entretenimentos de miúdo o exaustivo perscrutar dos planisférios com os Amigos, isto é surpreendente. E logo numa Nação cujo sistema educativo é louvado à exaustão! Num certo sentido ainda é pior do que o panorama do Secundário norte-americano, pois os alunos deste, de uma ignorância atroz quanto ao resto do Mundo, são bem adestrados no estudo geográfico da União e dos seus diversos estados. O que me leva a pensar se no nosso País haverá muita miudagem que não ligue Portugal ao «Rectângulo» e a sua situação a esta extremidade peninsular...
Culpa das Novas Geografias, que tanto insistiram em meter na cabeça das crianças a equação das distâncias em custos e os complicados padrões descritivos, que esqueceram o básico. Nunca me sairá da cabeça o desgosto de uma Professora que tive, quando eu dava como essencial, numa aula, o conhecimento de determinadas fronteiras africanas, por «não me ter conseguido mudar a velha concepção da disciplina»...
2 Comments:
At 3:58 PM, L. Rodrigues said…
Muito me diverti eu em pequeno com a edição em dois volumes do Lello Universal. Mapas, gravuras... estava lá o mundo inteiro.
At 7:17 PM, Paulo Cunha Porto said…
Era a maneira de o termos na mão, sem ainda podermos recorrer ao "clic", Meu Caro L.Rodrigues. E lembro com saudade as ilhas que inventávamos, não falando já nos anos e anos em que com o TSantos, Comentador Ilustre desta casa, e mais Amigos, produzíamos jogos estratégicos com as "unidades militares" percorrendo o mapa-mundi e partilhando alegremernte o Planeta.
A Ilha em que estes bifitos vivem, por tão escondida aos olhos deles, inspirou-me o título.
Ab.
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