Uma Alegria Partida
Manuel Alegre diz defender a introdução da possibilidade de candidaturas independentes à AR, no que estou perfeitamente de acordo. Se a sua saga presidencial tiver contribuído para chegar a esse resultado, já terá valido a pena. Mas não percebo por que carga de água estará a reflectir quanto ao posicionamento acerca dos círculos uninominais! A posição que justamente adopta só atinge um corolário numa linha de coerência com esta outra novidade. Quem está a ver uma sombra de facilidade de eleger independentes em listas distritais? Além de criar novas dependências - as dos colegas de lista, na prática um partido desorganizado.
E, a propósito, o meu receio principal na redução do número de deputados não é pelos partidos, nem pela sobrevivência dos menores deles. É que acarrete o esquecimento da alteração fundamental anteriormente mencionada.
E, a propósito, o meu receio principal na redução do número de deputados não é pelos partidos, nem pela sobrevivência dos menores deles. É que acarrete o esquecimento da alteração fundamental anteriormente mencionada.
6 Comments:
At 6:28 PM, Jansenista said…
Candidaturas uninominais? Para quê, para perpetuar a ilusão de que as Cortes servem para alguma coisa? Antes os partidos, que estão lá muito bem!
At 7:34 PM, Paulo Cunha Porto said…
Mas faz-me impressão, Caro Jansenista, ver gente degradar-se na diluição pessoal dos fretes partidários. Por muito pouco que valha, um Homem, fora de uma dessas sinistras associações, vale sempre mais do que dentro delas. É a salvação dos Irmãos que tenho em mente..
Ab.
At 11:41 PM, Anonymous said…
E o que vinham eles fazer cá para fora, se não sabem obrar mais nada que o "dulci farniente" à custa dos pacóvios?
Zé
At 8:40 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Zé:
Claro que seria preferível não termos de suportar, nos dois sentidos do termo, essa gaiola dourada de papagaios. Mas com a inovação, para chegar lá, muitos terão ainda de puxar pelo cabedal, sem viverem do mero encosto a indicações de comissões distritais partidárias. E possuirão a legitimidade de votar como pensem (se exercerem esta tormentosa actividade), não como a direcção manda. É a esperança de ver pessoas em lugar de fantoches, num sistema ainda assim imperfeito.
Abraço.
At 1:24 PM, JSM said…
De facto, candidatura independente, não rima com lista´partidária. Mas isso é muita areia para aquelas camionetas.
Com os circulos uninominais pretende-se responsabilizar alguém pelas promessas eleitorais. Eu sei que nesta terra é dificil tarefa.
Do passado fica a ideia do 'empenho', da 'cunha', um tráfico de influências entre o centro e a periferia.
As regiões autónomas poderiam ultrapassar (ou complementar)tudo isso...Uma velha convicção.
Um abraço.
At 1:51 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro JSM:
É isso, para a maioria daquela gente o "shortest way" para chegar ao lugarzito - e para mantê-lo, já agora, passa pela abdicação de assumir a responsabilidade. No que alinham alegremente. São autómatos? Pois são. Mas têm um poleiro e um vencimento correspondente.
As regiões autónomas têm a virtude de aproximar eleitos e eleitores. Mas deveriam também passar por uma desinfestação de influências partidárias.
Abraço.
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