Santidades Armadas
Um pouco por todo o lado figuras de proa do Islamismo criticaram as declarações do Papa Bento XVI dando a Jihad como incompatíveis com a Natureza Divina. Já aqui falei que é um conceito variável, segundo as várias concepções do Islão, quer quanto à dignidade, quer quanto ao conteúdo. Mas as reacções que se seguiram é que se orientam todas num sentido: o do monopólio da iniciativa da violência. Exactamente por aqueles que sempre esperaram que o preceito Cristão de «dar a outra face» significasse, mais do que a proscrição do ódio individual até à morte, a abdicação de defender-se. Uma coisa é certa, foi o Profeta que deu azo à aceitação do desencadear dos morticínios, quando, vendo que a guerrilha salteadora das caravanas para Meca não bastava, proclamou a partir de Medina o Dever solene da Jihad, passando iclusivamente por cima da observância da abstenção do Mês Sagrado e obrigando os judeus da Yahtrib a que tinha mudado o nome a converterem-se à sua Fé, tendo como única alternativa o serem massacrados.
E quando Sua Santidade faz a ligação que logicamente se deve fazer, do culto maometano da Divindade como Absoluto mas mero Poder, sem a coincidência necessária com a Bondade que foi revelada por Cristo, não conseguem as figuras proeminentes do Credo que, nas suas concepções extremadas, nos ameaça opor coisa diversa do que a incapacidade intelectual para entender o conceito de Hipóstase e a formulação da acusação de politeísmo. Como Maomé também fez.
E quando Sua Santidade faz a ligação que logicamente se deve fazer, do culto maometano da Divindade como Absoluto mas mero Poder, sem a coincidência necessária com a Bondade que foi revelada por Cristo, não conseguem as figuras proeminentes do Credo que, nas suas concepções extremadas, nos ameaça opor coisa diversa do que a incapacidade intelectual para entender o conceito de Hipóstase e a formulação da acusação de politeísmo. Como Maomé também fez.
4 Comments:
At 5:24 PM, Paulo Cunha Porto said…
E Três ser Um ainda agrava mais o caso, Caro Espadachim. Toda a percepção que Maomé teve do Cristianismo era uma confusão tremenda. Chegou a pensar que a Virgem Maria e o Espírito Santo eram a Mesma Coisa...
Abraço.
At 6:25 PM, Jansenista said…
O que aí vem! Mas vai ser interessante de seguir, até porque alguns recentes convertidos à causa islâmica gostam de se mostrar muito defensores da hierarquia católica - dá-me a ideia que vão ter que optar e um engolir um sapozito qualquer...
At 7:27 PM, Paulo Cunha Porto said…
Pensei justamente nesses, Caro Jans. Um Jansenista já está habituado a heterodoxias, agora alguns que se têm por zelosos observantes de Roma vão ver-se em palpos de aranha para harmonizar a Posição Pontifícia com os respectivos preconceitos...
Abraço.
At 8:50 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro SA:
Já reparou que essas reacções foram de puro insulto, com o apodo de «ignorante», depois das cobras e lagartos que, continuamente, dizem da nossa Fé?
É gente sem um mínimo de armadura dialéctica que beba da imparcialidade de partida.
Abraço.
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