Poucos São Demais?
Este pedaço do «DN» de hoje pode até nem ter tido essa intenção, simplesmente o seu efeito prático é fazer um frete ao PS na reforma parlamentar em curso, dado aquele partido defender a inalterabilidade do número de deputados. Sabe-se a minha posição: sim à redução, desde que não afecte a introdução de círculos uninominais abertos a candidaturas independentes. A percepção que os Portugueses têm é que muitos dos seus eleitos nada fazem. Logo, psicologicamente, a diminuição da quantidade deles, eliminando os menos visíveis poderia ser um factor que aplacasse tensões. Quanto a parlamentos regionais, façam primeiro regiões, ou teremos a carroça à frente dos bois. E a respeito do Senado, nem vê-lo. Aumentaria a classe política, o que é indesejável, fomentaria a desresponsabilização, na medida em que criaria mais uma instituição partícipe do processo legislativo. E poderia funcionar como mais uma "reforma" privilegiada para políticos, o que é injusto. Além de obrigar a mais uma torrente de gastos, não só dos vencimentos e subvenções dos senadores, como na criação de todos os serviços de apoio. NÃO!
4 Comments:
At 4:14 PM, Anonymous said…
assino por baixo. Ponto por ponto.B
Beijinho.
At 5:15 PM, JSM said…
Caro Paulo Cunha Porto
Em primeira análise, estou com o prof. Maltez, 'a questão não é matemática, mas política'.
Em segunda análise julgo que a pretensão do PSD se enquadra mais naquilo a que chamamos: 'política para inglês ver'!
Ou seja, a preocupação é reduzir as mordomias pelo número de deputados e não pelo número de mordomias. Está a ver, a ideia! Assim, até parece que estamos a reduzir o número de inúteis, só que 180, ainda são muitos inúteis!
Enfim, a política a fingir do costume.
Solução: monarquia com duas câmaras: uma câmara regional (com a representação autónoma que existisse), e a cãmara dos deputados (deputados eleitos por círculos uninominais, quero dizer, responsáveis e responsabilizáveis).
Atenção, é uma proposta avulsa e ainda mal elaborada, não leve isto a despacho. Com a falta de ideias em vigor, ainda transformam este comentário em decreto!!!
Um abraço.
At 7:41 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
Mas a vaidade dos homens é bem capaz de oferecer-se como tal.
Querida MFBA:
Obrigado. Quando me dá a honra de concordar comigo sei que acertei.
Assino por baixo, como sabe, Caro JSM, salvo que a autonomia teria de radicar em regiões e num maior poder dos municípios, ou os pés de barro da escultura fá-la-iam desmoronar. Mas pensam eles em restaurar a Coroa? É o restauras! Em criar descentralizações capazes? Coisa esquecida! E receio que em troca da redução cosmética que refere, se sacrifiquem as circunscrições uninominais, ou desistindo delas ou limitando-as a um número simbólico, sem peso nas votações, salvo em composições excepcionais dô hemiciclo.
Beijinhos e abraços.
At 8:25 PM, Paulo Cunha Porto said…
Mas isso tem explicação, é o Complexo do taxi, dos tempos mais duros para ele, do Cavaquismo, recorda-Se?
Hihihihihi! Desculpe a sarrafada, Amigão.
Abraço.
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