O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Friday, September 22, 2006

A Conversão de Uma Bebida

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Bruscamente nota-se um interesse inusitado do Mundo Judaico pela cerveja. Fazem-se programas de formação religiosa assentes na disponibilização do Talmud e da agradável bebida. Os criadores de uma cerveja judaica celebram dez anos de vendas record. E multiplicam-se tentativas de produzir Cerveja Kosher, com água da principal fonte de Israel, entre outras características. É curioso que se tenha constatado a existência deste líquido como predominante nos hábitos alimentares de todo o Mundo Antigo, dos Germânicos e Eslavos ao Egipto e restante Norte de África pré-Árabe, salvo nas três mais importantes civilizações que nos formaram: Grécia, Roma e a do Povo Eleito. Sabendo-se que a mais antiga notícia de actividade cervejeira a dá como nascente na Babilónia, será que a voga citada exprime uma atávica nostalgia dos tempos do Cativeiro?

4 Comments:

  • At 11:57 AM, Anonymous Anonymous said…

    Se calhar será mesmo isso, Caríssimo. Na Babilónia, os judeus aprenderam o conceito de metrópole, e a nostalgia dessa vivência apagou o amargo do cativeiro naquelas cabeças de solidéu, quando voltaram aos seus povoados da árida e poeirenta «terra prometida».
    Contudo, se a cerveja kosher for tão intragável quanto o vinho kosher (há cá à venda, produzido na zona de Belmonte), desculpe, mas que a bebam eles.

    Um abraço.

     
  • At 12:09 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Hihihihi, Caro Carlos Portugal, confesso que nunca bebi. Vi uma peça televisiva em que se dizia maravilhas das respectivas características, porém a Sua informação acaba de neutralizar qualquer curiosidade que eu pudesse ter sobre o tema.
    Abraço.

     
  • At 12:46 PM, Anonymous Anonymous said…

    Basta dizer que o vinho kosher é «aromatizado» com canela e outras coisas para corrigir o sabor, Caro Misantropo...
    Já provei e, sinceramente, prefiro qualquer bom vinho português (feito de uvas, claro). Mas, se calhar, como não tenho as características do auto-denominado «povo eleito», a dita beberagem não me «caíu bem»...

    Um abraço.

     
  • At 7:27 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Aaaaargh! Caríssimo Carlos Portugal: eu adoro canela e pastéis de nata, mas sou incapaz de misturar uma com os outros. Abro porém uma excepção para o café, que até em casa, gosto de mexer com o pauzito da especiaria, o que irrita Família e Alguns Amigos. Agora canela e vinho...
    Mas pode, realmente, ser a nossa escassa predisposição para receber essa bebida de eleição.
    Abraço.

     

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