Façam-lhe a Última Vontade
A propósito de um filme que não vi e de que, portanto, não falarei, regressam as utilizações mais disparatadas da morte da Princesa Diana de Gales contra a Família Real Britânica. O ridículo mata e os que insistem nesta onda correm sérios riscos de vida. Devo deixar bem claro que não tenho a menor simpatia pelo actual herdeiro do Trono Inglês e que, se não podia admirar o intelecto da Falecida, era seduzido pela beleza dela e pela devoção a boas causas, que levou para além das obrigações inerentes ao cargo. E deixar dois esclarecimentos: se não aceito o uso dela como arma sensacionalista contra a Coroa, também não alinho pelas críticas insidiosas de alguma "Direita" portuguesa à influência da Figura no sentimento dos Ingleses, como me lembro de ter ouvido, no ano da morte, num programa radiofónico com Vasco Pulido Valente e Nuno Rogeiro. Mas lamento que o «CORREIO DA MANHû, que publicou um livrito lamentável sobre o tema, faça sair, agora, notícias como esta, fazendo de uma única sondagem a quente, quando se discutia o tipo de funeral, uma corrente opinativa sólida pela abdicação da Soberana. Como que, deliberadamente, outras abordagens ignorem que a polémica não era entre realizar um funeral público ou privado, mas entre um Full State Funeral e o de menor, mas digno, formalismo que veio a ocorrer. Como, igualmente, não mencionar que tem sido a Rainha uma firme adepta do salto geracional no Trono, para que William lhe suceda.
A pobre Diana Spencer era, nas palavras do irmão, «uma rapariga tipicamente inglesa que se viu de repente em tarefas maiores do que as das suas forças e expectativas». Ter-se-á superado pelo muito sofrimento que amenizou com a sua presença, simpatia e empenhamento. Também ela foi vítima do Mal do Tempo, o dos casamentos infelizes. Seria altura para que atendessem o pedido que, toda partida, soltou aos fotógrafos que cobriam a retirada do seu corpo do carro assassino: «DEIXEM-ME EM PAZ».
4 Comments:
At 6:49 PM, Anonymous said…
Amigo Paulo: una curiosidad, ¿Cuántas veces has estado en Londres? ¿En qué fechas aproximadamente? Un abrazo
At 7:20 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
Por sua vez, a instilação desse entendimento é uma ofensiva inconfessadamente politizada-
Meu Caro Çamorano:
Apenas duas: a última foi em 1990. Sou muito sedentarizado.
Abraços a Ambos.
At 7:44 PM, Anonymous said…
Amigo Paulo: perdona el off- topic de nuevo, pero ¿Tuvo éxito en Portugal la serie TV Man about de House, del solterón Robin Tripp y George and Mildred Roper?
At 8:48 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Çamorano: Confesso que não sei. Que falta faz o Eurico, agora por Veneza...
Meu Caro Visconde:
Não é? Que raio, tirem dividendos dos vivos!
Abraços a Ambos.
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