Encruzilhadas
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Na passagem de mais um aniversário do grande Michael Powell, breve apontamento, não para falar dele, nem de Deborah Kerr, sua grande Actriz e quase tão grande paixão, que aniversariava igualmente neste dia. Falarei apenas de um belíssimo filme, menos conhecido: A CANTERBURY TALE/TRÊS MODERNOS PEREGRINOS, em que um militar e uma Mulher se embrenham na Inglaterra profunda, cada um com Passado para alijar ou Amor para descobrir, dando com uma Povoação de Província onde um misterioso atacante derramava melaço ou cola sobre o cabelo das raparigas que namoriscavam os soldados lá aparecidos por imperativos da II Guerra que então se desenrolava. Vêm a descobrir que o misterioso agressor não era outro que o magistrado local, com que haviam feito amizade, o qual queria preservar a tranquilidade característica da região, antes da chegada dos estranhos. Filme de propaganda para convencer a população a acolher bem os aliados americanos, acaba por ser muito mais: um hino à defesa da Tradição e à assunção das responsabilidades, atoladas numa atmosfera enredada de afectos em que as personagens, muito powellianamente, estão longe de tudo controlar.
Na passagem de mais um aniversário do grande Michael Powell, breve apontamento, não para falar dele, nem de Deborah Kerr, sua grande Actriz e quase tão grande paixão, que aniversariava igualmente neste dia. Falarei apenas de um belíssimo filme, menos conhecido: A CANTERBURY TALE/TRÊS MODERNOS PEREGRINOS, em que um militar e uma Mulher se embrenham na Inglaterra profunda, cada um com Passado para alijar ou Amor para descobrir, dando com uma Povoação de Província onde um misterioso atacante derramava melaço ou cola sobre o cabelo das raparigas que namoriscavam os soldados lá aparecidos por imperativos da II Guerra que então se desenrolava. Vêm a descobrir que o misterioso agressor não era outro que o magistrado local, com que haviam feito amizade, o qual queria preservar a tranquilidade característica da região, antes da chegada dos estranhos. Filme de propaganda para convencer a população a acolher bem os aliados americanos, acaba por ser muito mais: um hino à defesa da Tradição e à assunção das responsabilidades, atoladas numa atmosfera enredada de afectos em que as personagens, muito powellianamente, estão longe de tudo controlar.
4 Comments:
At 8:14 PM, Paulo Cunha Porto said…
Não conhece, diz o Amigo Visconde? Quando passar num cineclube não perca, é uma pequena jóia do Cinema e do Conservadorismo, no sentido bom do termo.
Ab.
At 8:36 PM, Je maintiendrai said…
Que belo film!
E à propos das suas simpáticas palavras yussupovianas, vejo que está munido de boa informação. Acho que o Príncipe não gozava de boa fama entre os outros exilados, onde havia a consciência de alguma inverdade na questão de Rasputine. A Wikipedia traz um bom artigo sobre a versão hoje muito sólida da intervenção dos serviços secretos ingleses; Yusupov terá acobertado a versão oficial e consta que aos Ingleses deveu uma fuga muito mais facilitada que a outros infelizes. Ignoro outras razões da repulsa da amiga de minha Tia, mas abstive-me de trazer à colação outras recordações de meu Avô sobre Yusupov. Fiquei-me pelos cigarros.
At 8:39 PM, Je maintiendrai said…
http://en.wikipedia.org/wiki/Rasputin
http://en.wikipedia.org/wiki/Felix_Yusupov
At 9:25 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Je Maintiendrai:
Obrigado pelas indicações, vou já lê-las. E Ui, faço ideia do que a transcendência dos charutos implicaria...
Meu Caro Visconde:
É bastante longo, doze páginas impressas. Ando cá a pensar noutra temática para colaborar Nessa Magnífica Página, mais de acordo com as indicações que teve a bondade de me enviar.
Abraços a Ambos.
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