Totalitarismo à Vista

A República Portuguesa acha que um casamento, mesmo fictício, é delito punível até quatro anos de prisão. Na prática, a alteração que se pretende implementar no Código Penal equivale a entravar matrimónios com estrangeiras pobres, pois já se antevê o perigo de vinganças de toda a ordem, com denúncias de falsos himeneus, por entre os vizinhos de casais multinacionais. Num país conhecido por punir levemente o roubo e o homicídio, a repressora onda legiferante equivale a mais um passo na desacreditação do laço conjugal. Em Espanha estendem-no a dois indivíduos do mesmo sexo. Por cá impedem-no, de facto, com Mulheres de outros Países. Ambas as atitudes bebem da desconsideração do vínculo matrimonial: uma subverte-o, descaracterizando-o. A outra insiste em considerar um tipo de manifestação dele como... uma inconveniência.