Dois Clamores
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O grande pintor russo-lituano Mstislav Dobuzhinsky fazia anos a 2 de Agosto. Ninguém como ele para nos mostrar que na imensa vontade de gritar, desprovida da cor do Desinteressado Interesse, acaba por redundar num conglomerado de atalhos que conduzem às profundidades circunscritas do «Silêncio». Mas acima já tinha demonstrado que todas as ameaças se desmoronam perante a absorção mágica do momento da entrega ao Ser Amado, na luminosa representação do «Beijo». Entre uma e outra das possibilidades não há vida que não decorra, enquanto o Homem for Homem.
3 Comments:
At 11:06 PM, Anonymous said…
:)
At 8:45 AM, Anonymous said…
No sé por qué, Paulo, pero el segundo cuadro que aquí reproduces a mí siempre me sugirió el infierno, el pozo negrísimo y tenebroso, a que lleva la gran ciudad y el urbanismo moderno.
De esos que el realismo soviético y el marxismo de Le Corbussier exportaron por todo el globo. Como Etvuchenko en literatura, vaya. Un horror.
Rafael Castela Santos
At 11:14 AM, Paulo Cunha Porto said…
Sem dúvida, Caro Visconde, mas com uma mensagem forte que nos diz como a plenitude sentimental pode manter incólume o par que a experimenta, fazendo ruir, ao invés, as edificações que o ameaçariam, sem essa intensidade espiritual e anímica, com a respectiva e recompensante extensão.
Caro Anónimo:
Obrigado por deixar a Sua Marca de apreço.
Meu Caro Rafael:
Concordo inteiramente com a ideia de que certa arquitectura moderna é, não só um prenúncio do Inferno, como uma incitação a mergulhar nas profundezas dele. E atrevo-me a pensar o segundo desenho como simbólico de muitas outras condicionantes da vida contemporânea, para lá das urbanísticas, contra cuja opressiva pressão, a um nível terreno, apenas a expressão mais alta de um sentimento sincero pode ser remédio.
Abraços aos Três.
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