«Levanta-Te e Caminha»
10 de Julho de 1939 foi data de grande alegria para todos os monárquicos católicos franceses, pois foi o dia em que o Papa Pio XII levantou a condenação do movimento Action Fraçaise, que tinha sido decretada no pontificado do seu Antecessor, invertendo a postura dos dois Pontífices precedentes. Tinha sido obtida por via de um volumoso caudal de intrigas de bispos e cardeais franceses que não perdoavam a Maurras a velha e acesa rivalidade com os Democratas Cristãos de Marc Sangnier, seus protegidos, que tinha terminado com a condenação acatada do Sillon. Desde aí não pararam os ensaios de desforço, até que obtiveram o que queriam, facto que levou à renúncia à dignidade cardinalícia do Cardeal Louis Billot, um facto raro.
O pretexto maior parece-nos hoje um desentendimento terminológico pouco substancioso e substantivo. A principal proposição anatematizada foi a da «politique d´abord», que, para uns, era mero enunciado da prioridade da acção e, pelos Outros, era entendida como preeminência nos domínios espirituais do Homem. No seu livro de balanço «MES IDÉES POLITIQUES», o chefe intelectual do movimento escrevera: «Quand nous disons «politique d´abord», nous disons: la politique la première, la première dans l´ordre du temps, nullement dans l´ordre de la dignité. Autant dire que la route doit être prise avant d´arriver à son point terminus; la flèche et l´arc seront saisis avant de toucher la cible; le moyen d´action précédera le centre de destination». Mas talvez esta clareza tenha faltado em 1926, muito pela combatividade do Grande Escritor; e o mal foi feito, levando a um ponto culminante nas sucessivas dissidências de católicos daquela força política: Dimier, Bernanos e o fundamental Maritain que passaria de teorizador do «ANTIMODERNE» a assanhado propugnador de teses demo-cristãs extremas que, em doses mais moderadas, tinha, antes, condenado. Foi, portanto uma libertação importantíssima. Mas nada voltaria a ser como dantes.
O pretexto maior parece-nos hoje um desentendimento terminológico pouco substancioso e substantivo. A principal proposição anatematizada foi a da «politique d´abord», que, para uns, era mero enunciado da prioridade da acção e, pelos Outros, era entendida como preeminência nos domínios espirituais do Homem. No seu livro de balanço «MES IDÉES POLITIQUES», o chefe intelectual do movimento escrevera: «Quand nous disons «politique d´abord», nous disons: la politique la première, la première dans l´ordre du temps, nullement dans l´ordre de la dignité. Autant dire que la route doit être prise avant d´arriver à son point terminus; la flèche et l´arc seront saisis avant de toucher la cible; le moyen d´action précédera le centre de destination». Mas talvez esta clareza tenha faltado em 1926, muito pela combatividade do Grande Escritor; e o mal foi feito, levando a um ponto culminante nas sucessivas dissidências de católicos daquela força política: Dimier, Bernanos e o fundamental Maritain que passaria de teorizador do «ANTIMODERNE» a assanhado propugnador de teses demo-cristãs extremas que, em doses mais moderadas, tinha, antes, condenado. Foi, portanto uma libertação importantíssima. Mas nada voltaria a ser como dantes.
2 Comments:
At 9:54 AM, Anonymous said…
Cher M. Mysanthrope,
Je vous félicite par le beau geste et le beau texte. Et aussi par un autre, sur Bloy.
Pas de temps pour commenter...
Excusez-moi.
Je vous prie d'accepter, Cher Monsieur, l'expression de mes salutations distinguées.
L'Homme au Masque de Fer.
At 10:03 AM, Paulo Cunha Porto said…
Caríssimo Máscara de Ferro:
é bom saber que um encarcerado na Bastilha não conservou rancores contra a Realeza. Muito obrigado pelas palavras de apreço.
Abraço.
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