Democracia e Desporto
Com a habitual riqueza expressiva, o «CORREIO DA MAAANHû titula: «Corrida às Pensões», para relatar os nomes dos deputados que solicitaram a atribuição de uma subvenção vitalícia mensal. Não atacarei a moralidade da norma que o permite, por entender, há muito, que o bago e o exercício da política, em partidocracias, são gémeos siameses. Volverei apenas ao título para frisar que, podendo ser uma corrida, não é uma maratona popular. Nem no acesso, nem na imagem que dá.
4 Comments:
At 2:09 PM, Nuno Adão said…
Caro Paulo, esta tudo dentro da lei, e viva a democracia?
At 6:40 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Thoth:
O modelo partidocrático recompensa os seus servidores à custa também de muitos que lhes dão vivas. Como as Gentes sofrem de invisualidade acentuadíssima quanto a Valores mais subtis, urge revelar-lhes o padecimento que lhes é mais intolerável: a cupidez do escol do regime que, sem escrúpulo, lhes entra pelo bolso dentro, por via das leis que faz só para os poucos que o integram..
E está tudo dito, Caro Espadachim. Não me apoquenta demasiado, salvo na falta de pudor. Mas gostava de ver o resultado de uma tal benesse, votada em referendo, hihihihi!
Abraços a Ambos.
At 8:52 PM, Anonymous said…
Trabalho duro, o desta gente. Coitados, até, num assomo de generosidade, passaram de oito para doze, os anos de serviço necessários para terem direito à pensão vitalícia! E as reformas? É verdade que já vão nos sessente e cinco para o comum dos mortais, mas todos devemos compreender a dureza da sua luta diária em prol da nossa felicidade e não levar a mal a sua corrida a essa situação, embora alguns ainda nem tivessem chegado aos cinquenta. Pobres deles; nem faremos ideia da violência psicológica a que se submeteram para decidirem desta maneira. Pessoalmente, em sinal de agradecimento, já há muito decidi como lhes devia pagar tanto sacrifício: poupo-lhes o trabalho de contarem os meus votos. É pouco, mas como diz o povo, o que conta é a intensão.
Zé
At 8:57 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Zé:
Faz muitíssimo bem. Eu, nas presidenciais, sempre fiz assim. E nas legislativas há muito que voto em pequenos partidos, sem responsabilidades neste chupismo descontrolado. Já se sabe que sendo poucos, relativamente ao resto da população, não é o peso no erário público que conta. Mas é-o, sem dúvida, a falta de vergonha em querer rapar o tacho, até ao último cêntimo, que puderem, tal como a insensibilidade que lhes faz decretar privilégios incomparáveis com o estatuto dos demais Portugueses.
Que gozem, mas não podem impedir as pessoas de pensar que estão a ser gozadas.
Meu Caro Visconde:
E nem se dão ao trabalho de esconder!
Abraços a Ambos.
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