(D)A Arte e (d)a Vida
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Outro 30 de Julho, o de 1898, deu-nos o grande escultor Henry Moore. Combatente na I Guerra Mundial, gaseado em Cambrai, não se deixou marcar, vida fora, por esse desagradável contratempo, "reciclando-o", muito britanicamente, num «período da vida muito romântico», que se teria traduzido na participação combatente. Esta mesma concepção aplicou-a no seu labor artístico, cuja grandeza excede em muito as dimensões físicas descomunais de algumas das suas realizações. Sempre privilegiou ao eros criador à finalidade, teorizando repetidamente que, num artista, o principal não é o objectivo, mas, «como na droga, a excitação». Foi esta, como sobreabundante (pre)enchimento da vida que o levou a sintetizar: «o segredo da existência é ter uma ocupação, alguma coisa a que devotes a tua vida inteira, algo a que tragas tudo, todos os minutos da vida. E o mais importante é que deve ser alguma coisa que não consigas fazer». Convido-Vos a que fiquem com o seu «O Rei e a Rainha».
4 Comments:
At 9:47 PM, Anonymous said…
Olham um para o outro? Ou os dois na mesma direcção?
At 12:47 AM, MRA said…
Meu caro amigo...Obrigado pelas palavrase por aqui, continua tudo brilhante, como sempre!
At 8:55 AM, Paulo Cunha Porto said…
Há tomadas de frente que talvez ajudem.
Meu Caro MRA:
São sempre os Olhos Amigos que elevam as misantropices.
Ab.
At 10:39 AM, Anonymous said…
Um olho no reino, outro no consorte. Querem coisa mais avisada?
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