O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Sunday, July 30, 2006

Prazeres Proibidos

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Aquando das lutas relativas à independência da Irlanda, numa das prisões que De Valera sofreu, este, a caminho do cárcere, atirou, subitamente, com o cachimbo contra uma parede, espatifando-o. Interrogado pelos agentes britânicos acerca da razão do seu acto, disse: «Foi para lhes tirar o prazer de me probirem de fumar enquanto estiver preso. Antes que vocês me proibissem o gosto do tabaco, resolvi eu deixar de fumar. Neste instante acabou-se!».
Uma história exemplar de como um gosto a que se renuncia para privar os demais de um outro transforma a vida num empate. Aos meus Amigos fumadores, este grito de liberdade.

6 Comments:

  • At 11:13 AM, Anonymous Anonymous said…

    Num empate, não. Numa vitória!
    E uma vida melhor pode, muito bem, começar por um pequeno acto de coragem como este. Viaje-se de uma prisã da Irlanda para um restaurante português e veja-se a quem estamos a tirar o pazer da proibição e o que isso significa para o engrandecimento da liberdade individual de cada um.

     
  • At 11:40 AM, Anonymous Anonymous said…

    Às vezes é preciso uma motivação forte. E parece uma tirania o que hoje se faz às pessoas que fumam. Só lhe encontraria justificação se os tiranos coerentemente atacassem a origem da cadeia. E não no vejo fazer; não se faz isso na economia liberal.
    Mais contradições?
    Tadinhos dos drogados e horríveis fumadores; proibir máquinas automáticas(!) de vender cigarros a menores para não e não afrontar (mais uma vez) os negociantes; a completa legitimidade do negócio das tabaqueiras; promoção a rodos do vive o momento e proibição de se apreciar um cigarrinho...
    Já não sei o que faz pior, se um cigarro ou este mundo de loucos.
    Eu não fumo.
    [Não sei o que se passou com o blogo. Houve algo com os blogos antigos do Sapo. Queixei-me e eles resolveram. Obrigado pela sua paciência]

     
  • At 12:02 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro Zé:
    Sem dúvida que uma pessoa afastar-se de uma dependência, como em muitos casos o tabaco é, deve ser saudado como libertação, mas penso que só o será quando parta de iniciativa do próprio, claro está.

    Meu Caro Bic Laranja:
    Sou contra a fúria persecutória que, importada da América, se está a impor aos fumadores. Por exemplo, nos restaurantes e transportes públicos a solução adequada seria a existência de zonas abertas e outras fechadas a quem fume, para salvaguardar os direitos de quem não esteja disposto a fazê-lo passivamente. O proibicionismo totalitário que se quer generalizar parece-me um exagero. Mas é evidente que o ideal seria a impermeabilização individual à publicidade e ao mimetismo que viciam.
    Abraços a Ambos.

     
  • At 1:48 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Hihihihihi! Meu Caro SA:
    Sabe que, apesar de nunca ter fumado um cigarro, nada me move contra os fumadores, cresci num ambiente dominado por Eles. Sem embargo de ter pena dos que querem mas não conseguem livrar-se do hábito.
    Abraço.

     
  • At 6:23 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Meu Caro SA:
    Que alegria saber que não Se forçaria demasiado ao afastar-se do que a muitos custa tanto deixar!
    E saber que o exemplo de DeValera calou fundo a Um Tão Grande Espírito!
    Corações ao Alto!

     
  • At 9:00 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    E Só Ele o pode proteger destas agressões, Amio Meu.
    Ab.

     

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