À Abordagem!
.
Ainda está por estudar a razão que transformou um dos mais temidos perigos de outrora, os piratas, numa figura querida das crianças, transcendendo a mera brincadeira de "fazer de", ao ponto de se tornar adereço de festas, imagem de convites, como marca de gelados e pastilhas elásticas. Mas também entre adultos se veio a tornar uma das opções preferidas para festas em que a mascarada fosse a regra. Talvez a culpa seja de R. L. Stevenson, com vendidíssima «A ILHA DO TESOURO». O certo é que, em mais uma manifestação da absorção da política pelo infantilismo, os EUA, pelo Sr. Brent Allison, decalcaram da Suécia um «Partido Pirata». Adeptos da tomada pela força de navios? Nada disso! Trata-se apenas de defensores da diminuição do domínio dos detentores de copyrights sobre os consumidores, da liberalização do uso não-comercial das obras, da redução do período de utilização exclusiva pelos seus beneficiários e da oferta universal, livre e gratuita de acesso à INTERNET. Quer dizer que a pirataria se cinge a este intento de apropriação dos conteúdos? Nem tanto, lembre-se que não se manifesta igual preocupação em limitar os ganhos provenientes da publicidade, mesmo os que esta classe que se quer emergente viesse a conseguir. Claro que para quem faz da bloguística um prazer - que por vezes é também um dever de não deixar em seco a fidelidade dos Leitores - a vitória do programa de um tal partido viria facilitar a vida. Mas temo que com o fim do estatuto clássico do Autor, os mundos dos livros e o das artes plásticas viessem a entrar num irreversível declínio, substituídos de vez pela facilidade imediata do computador e da televisão.
Os piratas eram enforcados, não eram? Percebe-se agora a razão.
Ainda está por estudar a razão que transformou um dos mais temidos perigos de outrora, os piratas, numa figura querida das crianças, transcendendo a mera brincadeira de "fazer de", ao ponto de se tornar adereço de festas, imagem de convites, como marca de gelados e pastilhas elásticas. Mas também entre adultos se veio a tornar uma das opções preferidas para festas em que a mascarada fosse a regra. Talvez a culpa seja de R. L. Stevenson, com vendidíssima «A ILHA DO TESOURO». O certo é que, em mais uma manifestação da absorção da política pelo infantilismo, os EUA, pelo Sr. Brent Allison, decalcaram da Suécia um «Partido Pirata». Adeptos da tomada pela força de navios? Nada disso! Trata-se apenas de defensores da diminuição do domínio dos detentores de copyrights sobre os consumidores, da liberalização do uso não-comercial das obras, da redução do período de utilização exclusiva pelos seus beneficiários e da oferta universal, livre e gratuita de acesso à INTERNET. Quer dizer que a pirataria se cinge a este intento de apropriação dos conteúdos? Nem tanto, lembre-se que não se manifesta igual preocupação em limitar os ganhos provenientes da publicidade, mesmo os que esta classe que se quer emergente viesse a conseguir. Claro que para quem faz da bloguística um prazer - que por vezes é também um dever de não deixar em seco a fidelidade dos Leitores - a vitória do programa de um tal partido viria facilitar a vida. Mas temo que com o fim do estatuto clássico do Autor, os mundos dos livros e o das artes plásticas viessem a entrar num irreversível declínio, substituídos de vez pela facilidade imediata do computador e da televisão.
Os piratas eram enforcados, não eram? Percebe-se agora a razão.
2 Comments:
At 7:15 PM, Paulo Cunha Porto said…
Para muita gente, sem dúvida, Caríssimo Espadachim. Ainda acho que propor-se disputar o poder com ideias apenas para um sector sabe a pouco. Mas é possível que, um dia destes, até consifamos comer e beber através do monitor, hihihi!
Abraço.
At 5:56 PM, Anonymous said…
Dragut Reis, Barba Vermelha, Gualterio o Relente
Post a Comment
<< Home