O Efeito Pretendido
Não devemos deixar-nos enganar pela actuação do Hamas no caso do soldado israelita raptado. Era a única saída que tinha, entalado que estava na questão do reconhecimento de Israel. Assim se percebe que Khaled Meshal, o leader exilado do Partido, negando um evidente envolvimento, tenha, concomitantemente, louvado a acção. Com as represálias conta ganhar uma de duas coisas, senão ambas: obter de novo a maioria das vontades palestinianas para a intransigência do não-reconhecimento do Estado Hebraico e livrar-se do Primeiro Ministro Haniyeh e da sua equipa, que teriam celebrado um compromisso com o Presidente Abbas, no sentido contrário ao pretendido. Israel já fez saber que poderá eliminar o próprio P-M palestino, se o seu militar for morto. Não dou um tostão furado pela vida do Jovem Israelita.
2 Comments:
At 11:31 AM, Anonymous said…
Nem pela vida do Primeiro Ministro Palestiniano. O problema é que os palestinianos não deixam outra via aos israelitas e, provavelmente, uma saída que justifique a continuação do financiamento dos seus disparates pela União Europeia. A continuação deste impasse, sem fim à vista, serve essencialmente os interesses das elites, que dele se sustentam, e não os do povo.
At 6:00 PM, Paulo Cunha Porto said…
Já se sabe, Caro Amigo, que os partidos, mesmo quando servidos por gente relativamente honesta, ao pretenderem defender o Povo, fazem-no sempre com referência à ideia que têm do que aquele substrato deveria ser, ou seja, seguidores seus.
Neste caso, agora que está confirmada a co-autoria do rapto pelo "Hamas", fortalece-se a ideia que tenho de que a acção visou, sobretudo, marcar pontos na luta com a "Fatah" e na que se desenrola dentro do movimento, entre uma linha possibilista e outra, avessa a contemporizações.
Abraço.
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