A Vulgaridade
O Juiz encarregado de presidir ao julgamento de Moussaoui aceitou a sentença de prisão perpétua resultante da votação do júri, mas vingou-se, dizendo que o condenado não iria ser mártir, e sim acabar os seus dias indignamente, tudo isto em calão. Por muito que se simpatize com a indignação de Sua Honra, um magistrado não pode descer a tal nível. É um outro problema dos juízes nos EUA - não saem de um corpo independente, com regras próprias de progressão na carreira, são políticos nomeados pelo poder, ou eleitos. Este pode ter assegurado um futuro risonho. Mas a Compostura que ladeia a Justiça deve ter feito uma grande careta...
3 Comments:
At 5:57 PM, Paulo Cunha Porto said…
Para mais, na boca de uma Senhora.. fica tão pouco próprio...
é circunstância agravante.
At 2:18 PM, L. Rodrigues said…
Confesso que não estou muito a par dos detalhes mas, tanto quanto apurei, este individuo, independentemente da sua simpatia pelos actos por que foi julgado, ou a sua predisposição para os praticar, não tinha prévio conhecimento de factos, planos ou datas concretas.
A confirmar-se isto, é muito dificil atribuir-lhe muito mais responsabilidade nas mortes do 11 de Setembro do que aos membros da "Comunidade da Inteligência" que sabiam que algo algures estava a ser planeado, mas que pouco ou nada puderam, ou acharam por bem, fazer.
At 9:13 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro L.Rodrigues:
Ele era acusado de praticar actos preparatórios dos ataques de 11 de Setembro e estava escolhido como um dos seus executores, até que foram encontrados outros, mais fiáveis, que o substituíssem na candidatura a este específico martírio.
Mas claro que o que pretendi frisar foi a descida da juíza ao nível das vociferações dele, não sei se por incontrolada e ferida reacção, se por cálculo eleitoral.
Abraço.
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