Entrar no Eixo
Quem hoje tenha visto «O EIXO DO Mal», na «SIC NOTÍCIAS», terá ficado muito esclarecido sobre a concepção que o Bloquismo de Esquerda tem da humanidade dos elementos das forças policiais. Daniel Oliveira procurava distinguir os revoltosos de São Paulo dos terroristas, porque, neste motim, quase só teriam morrido criminosos e polícias, sendo patente a «intenção dos atacantes de não matarem gente». Claro que qualquer um pode ter um lapso verbal e não devemos massacrar o opinador por tão pouco. Como devemos negar qualquer acinte, uma vez que, chamada a sua atenção por José Júdice para o facto de os mantenedores da ordem serem incluídos no conceito, prontamente pediu desculpas. Mas o modo como estruturou a frase já deve ser tido em conta. E percebeu-se que queria diferenciar as situações pelo que considerará o escasso número de inocentes vitimados. Ora aqui é que bate o ponto. Os membros das forças da ordem poderão ainda ser tidos como gente, mas, para aquela parte gauchiste da intelectualidade, proteger a sociedade e reprimir o crime implica uma certa dose de culpa...
6 Comments:
At 12:30 AM, Antonio Almeida Felizes said…
Sem querer de forma alguma defender quem quer que seja, digo apenas que das duas vezes que estive no Brasil fiquei com muito má impressão da polícia. Aliás foi a própria população a avisar-me para ter cuidado com as actividades "extra curriculares" que eles desenvolvem.
AF - Regionalização
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At 8:41 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro António Amneida Felizes:
Bem-Vindo aos comentários à misanytropia. Também por lá vivi. É verdade que se constata a existência de muitos acordos ilegítimos com o crime, assim como muito suborno. Mas não é o caso dos que aqui morreram. Não se mata quem se pode comprar...
Abraço.
At 12:17 AM, Vítor Ramalho said…
Excelente texto.
At 4:13 AM, Anonymous said…
Onde raio é que o Daniel Oliveira tentou ou deixou de tentar distinguir o criminosos dos terrostistas? Apenas corrigiu um outro interveniente quando os comparou, sem ter no entanto argumentado. E apenas chamou à atenção para o facto do objectivo dos criminosos fazerem uma demonstração de força, e não tanto matar pessoas. Aliás, isso não o disse mas digo eu, a maioria dos mortos foram os proprios criminosos. O seu relato é de tal forma dterpado que ainda bem que eu também vi.
At 4:14 AM, Anonymous said…
As duas coisas aconteceram em momentos diferentes do debate.
At 8:57 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Vítor Ramalho, obrigado.
Oh Pedro Ruivo;
Onde está a deturpação?
Faz uma pergunta como se eu tivesse falseado alguma coisa e dá a resposta logo na adenda. Claro que num debate algo errático não podemos querer os parágrafos todos encadeadinhos de um discurso.
E em que é que a «manifestação de força» é incompatível com a matança de pessoas? Aliás vai dizer que os ataques às esquadras e agentes policiais visavam somente... exprimir uma posição? Com tantos mortos? Foram todos casuais? Ou o meu amigo está a tentar sustentar a posição de que o próprio interveniente no debate retrocedeu - e bem: que os polícias não são pessoas? Ou que foram assassinados acidentalmente?
Esse é que é o problema. Mas, já se sabe, uma velha forma de deturpar alguma coisa é dizer que o outro deturpou. Só que há maneiras mais credíveis de o fazer.
E em que é que a MAIORIA dos mortos é para aqui chamada? Andamos a fazer eleições? Que os criminosos não eram inocentes só os simpatizantes deles contestarão. O óbice é que para o tipo de gente que partilha a desconfiança dos homens da lei, onde pelos vistos se inclui, os agentes policiais também o não são.
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