O Segredo?
Muito crítico que sou quanto à continuada actuação de várias
administrações americanas, tanto interna como externamente, apesar de as reconhecer como resultando de uma adequação invejável de um sistema político ao espírito de uma nação, procuro com afã a razão do sucesso delas. O poderio económico explica os efeitos no estatuto de potência, mas não as causas psicológicas profundas da identificação de um País com os seus dirigentes, mesmo considerando o sempre recorrente reconhecimento da falta de confiança na classe política.
Cada vez mais creio que a força suprema deste binómio político-nação dos States deve ser encontrado no infantilismo que se expressa na presença do lúdico e do humour na actuação eleitoral e governativa. Considerar como uma corrida tanto a disputa eleitoral, como eventuais prolongamentos de contestação judicial, por um lado. Ironizar sobre si próprio, como ainda agora fez o Presidente George W. Bush, de parceria com o actor Steve Bridges, por outro. No velho continente seria muito difícil fazer parecido, sem quebra da credibilidade. É o insustentável peso da seriedade. Mas cada um tem de trilhar o caminho que lhe convenha, não importar acefalamente exemplos recebidos pela TV.
administrações americanas, tanto interna como externamente, apesar de as reconhecer como resultando de uma adequação invejável de um sistema político ao espírito de uma nação, procuro com afã a razão do sucesso delas. O poderio económico explica os efeitos no estatuto de potência, mas não as causas psicológicas profundas da identificação de um País com os seus dirigentes, mesmo considerando o sempre recorrente reconhecimento da falta de confiança na classe política.
Cada vez mais creio que a força suprema deste binómio político-nação dos States deve ser encontrado no infantilismo que se expressa na presença do lúdico e do humour na actuação eleitoral e governativa. Considerar como uma corrida tanto a disputa eleitoral, como eventuais prolongamentos de contestação judicial, por um lado. Ironizar sobre si próprio, como ainda agora fez o Presidente George W. Bush, de parceria com o actor Steve Bridges, por outro. No velho continente seria muito difícil fazer parecido, sem quebra da credibilidade. É o insustentável peso da seriedade. Mas cada um tem de trilhar o caminho que lhe convenha, não importar acefalamente exemplos recebidos pela TV.
4 Comments:
At 12:17 AM, Anonymous said…
Excelente análise, caríssimo Misantropo!
At 9:00 AM, Paulo Cunha Porto said…
Obrigado, Meu Muito Caro Cavaleiro.
Penso que devemos tentar compreender os mecanismos e idiossincrasias dos vários poderes, em vez de nos refugiarmos em repulsas, ou condenações sem mais, que podem ser justas, mas que, isoladas, pouco adiantam.
Abraço.
At 6:31 PM, Jansenista said…
Sou suspeito, que sempre simpatizei com GWBush (afinidades de ex-maratonistas), mesmo quando uma rapaziada muito fina dava de Santo e Senha chamar burro ao homem. Agora cabe perguntar, quem é que tem a capacidade de auto-ironia e quem é que se toma (infinitamente) a sério? Mas enfim, sou suspeito...
At 7:37 PM, Paulo Cunha Porto said…
É assim, Caro Jans:
tenho reservas profundas a certas opções dele, mas acho totalmente descabido fazê-lo burro. E sigo os debates que travou desde o que lhe fez ganhar a primeira corrida para Governador do Texas...
Ab.
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