Partida (de) Sueca
A demissão da Ministra dos Negócios estrangeiros sueca Laila Freiwalds, após um funcionário do seu ministério ter, segundo ele após deliberação com a Governante, determinado a eliminação de um site oposicionista que publicara as famosas caricaturas com Maomé vem reage a um comportamento coerente com duas recorrentes atitudes da prática governamental da Social-Democracia do País Nórdico: a colagem às posições extremistas anti-Ocidente para obter vantagenzinhas diplomáticas pontuais e a falta de escrúpulo em calar adversários políticos, na esfera interna. Quanto à primeira situação, foi a própria ex-responsável que tão rotundamente falhou, aquando do Tsunami do Índico, assassino de tantos compatriotas seus, que veio dizer que a atitude dos silenciados «punha em risco os interesses suecos». No que toca ao segundo problema, as vítimas foram, como era natural que fossem, opositores de Direita, excluídos do sistema governamental. E, já agora, alguém acredita que o Primeiro-Ministro tivesse sido tão pronto a provocar a demissão da sua colaboradora, se não se visse atrás dos Conservadores, nas intenções de voto, a seis meses de umas eleições?
11 Comments:
At 9:57 PM, Anonymous said…
Laila es nombre musulman. Asi llaman los marroquies al islote de Perejil/Persil/Salsa, famoso por la accion belica de julio de 2002
At 10:26 PM, Anonymous said…
Los socialdemocratas suecos....¿Tan anti- americanos como Zapatero?
At 11:24 PM, vs said…
"Los socialdemocratas suecos....¿Tan anti- americanos como Zapatero?"
Ora nem mais!
Mas hoje em dia, desgraçada e cegamente, basta debitar umas baboseiras anti-americanas (de preferência bem primárias e descabeladas) para se ser logo promovido a 'humanista', 'bondoso', 'lutador pela liberdade', defensor dos oprimidos' e outros despautérios do género....
É o plíticamente correcto em todo o seu esplendor.
Não há nada mais políticamente correcto do que ser destrambelhadamente anti-americano.
Felizmente estou-me completamente a borrifar (para não dizer outra coisa) para o politicamente correcto.
At 8:28 AM, Paulo Cunha Porto said…
Desde sempre, Caro Amigo. E essaorigem do nome da senhora vem a calhar...
Caro Nelson:
detesto o primarismo na análise política, porque inimigo da compreensão das causas e do juízo sobre as perspectivas. Claro que os EUA não são a Pátria dos Anjos, mas gostaria de ver equilíbrio e distanciamento na atitude para com eles, em vez de ódio cego.
Abraços aos Dois.
At 11:26 AM, Anonymous said…
"Claro que os EUA não são a Pátria dos Anjos, mas gostaria de ver equilíbrio e distanciamento na atitude para com eles, em vez de ódio cego."
Sim, mas tens de concordar que, por vezes, são as próprias administrações a contribuir para esse estado de coisas...devido à sua arrogância e inépcia em reconhecer as várias matizes de que é feito o mundo...Falta-lhes a "finesse" diplomática de uma GB, ou a eficaz "acção directa" (por vezes suja, mas quase sempre discreta) de uma França...
At 1:07 PM, Anonymous said…
Como dijo "il senatore a vita" Giulio Andreotti : manca finezza.....!
At 5:14 PM, Paulo Cunha Porto said…
Pois, Caros TSantos e Amigo de Espanha, já aqui tenho discordado de várias das acções americanas em política externa. Mas isso não é igual a contestar qualquer acção porque americana.
Uuuum, acção directa francesa? Hoje em dia só em África e cada vez menos eficaz... Noutros tempos, noutros tempos...
Abraços a ambos.
At 6:22 PM, Anonymous said…
"Mas isso não é igual a contestar qualquer acção porque americana."
Claro que sim. Mas eu só aplaudo as acções inteligentes. Reagan, por exemplço, ou mesmo o Bush pai fizeram-no. Este Bush, por outro lado,tem sido um desastre. Livrou o Iraque do Saddam, decerto, mas por que preço (para os EUA, a Europa e a segurança mundial)?
"Uuuum, acção directa francesa? Hoje em dia só em África e cada vez menos eficaz... Noutros tempos, noutros tempos..."
Exacto. Para mim, o primeiro sinal desse declínio foi o caso do Rainbow Warrior. Independentemente das razões por que o fizeram, foi de uma incompetência atroz...Já Kolwezi, por exemplo, foi uma obra-prima de eficácia. Mas isso foi nos idos de 1978...;-)
At 6:46 PM, Paulo Cunha Porto said…
Ora, ainda bem que concordamos quanto à doçura francesa no actual panorama internacional.
Quanto ao Iraque a asneirada não foi, penso, ter ido lá livrar-nos - e não só o Iraque - do Sadam. Foi sim, não ter qualquer ideia do que fazer com a batata quente. Expedições militares sem objectivos finais... bem, foi contra tudo o que aprendi, mas enfim.
At 10:51 AM, Anonymous said…
Já vejo que continuamos sintonizados...
At 6:22 PM, Paulo Cunha Porto said…
Os espíritos ilustres encontram-se sempre. Ai! esta era para pensar, não para dizer!
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