Higiene Política
Por uma vez os meus desejos concordam com uma afirmação do Presidente do Conselho italiano Berlusconi. Diz ele que os ataques que foi desferindo contra - e, indirectamente, provocaram a demissão - o leader da Confederação patronal dos industriais italianos «não visavam dividir o patronato». Com efeito, quero, com todas as forças que este se una contra o dono da A.C. Milan. A pouca vergonha deste continua, ao instituir quotas femininas, contra as quais falou anos antes. E ao desautorizar um ministro seu, por este haver expressado dúvidas quanto à bondade dos sistemas nórdicos de eutanásia. Nada tem isto a ver com a substância das matérias citadas. É, sim, elucidativo de como este oportunista muda de posição como lhe convém e descarrega em subordinados, se... lhe convém, para ganhar uma eleição. Lembram-se do entusiasta que secundou Bush no Iraque e, depois, quando a coisa correu para o torto, apareceu a dizer que «bem o tinha avisado»?
2 Comments:
At 3:23 PM, Flávio Santos said…
O Paulo, se fosse italiano, votava Mussolini (Alessandra)!
At 7:27 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Espadachim:
Se eu votasse em Itália estaria perante um bico de obra. A tendencia normal seria para votar Fini, um político com capacidades intelectuais comprovadas. Mas isso equivaleria decerto a endossar Berlusconi para a Presidência, dadas as posições relativas e os acordos que se (re)farão. Além de que, se lhe admiro o intelecto, não tenho tanta admiração pelo carácter. Penso que, com inteligência que disfarça, o tirocínio com "vice" do cavaliere terá agravado uma já natural tendência para pôr o proveito político imediato à frente dos ideais.
Meu Caro F. Santos:
Não é provável, porque as ideologias não coincidem. Embora ache simpática a luta pela memória do Avô. José António começou assim, contra os que atacavam a do Pai. E, como se comprova, até na "net", é candidata que nada tem a esconder...
Abraços a Ambos.
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