O Triunfo do Ódio
Já em estágio para o jogo que é o evento do dia, uma breve, para meditar em como as anunciadas medidas de redução de presença e de serviços básicos no interior consagram o velho ódio de uma parte da Esquerda, oriunda da burguesia republicana de Lisboa e Porto, a tudo o que venha da Província. Depois da emigração e do êxodo rural, aparece agora o golpe de misericórdia, que pode transformar grande parte do país em mero destino de férias, ainda mais do que já se constata. Começo a pensar numa mudança de ares e em abalar para uma dessas regiões. Misantropo que sou, dever-me-ia ser menos custoso vagabundear por paragens com menos gente...
7 Comments:
At 3:50 PM, Anonymous said…
Destino de férias?...Se pelo mnenos isso fosse verdade...mas temo que nem isso. Aposto que a maioria dessas "elites", que são capazes de ir passar férias ao Brasil, Tailândia e quejandos, não conhecem, por exemplo, o vale do Tua, ou a Terra Quente transmontana (e se conhecem a Serra da Estrela só lá foram na altura da neve!)...E isto é válido para muitas "elites" tanto de Lisboa como do Porto...
At 6:54 PM, Joaquim Paula de Matos said…
Caro Paulo,
em visto..
Parece que Portugal - que está quase todo desempregado, anda todo de férias. Damos ao exterior - quer às pessoas oriundas de outros países que nos visitam, quer aos tais provincianos que somos uma cambada de gente improdutiva, em regime de laer permanente, que ora coça o testículo esquerdo ora está na Fnac do Colombo a ver os Cds. Onde quer que vá parece q encontro uma multidão de formigas, só que estas ao menos ainda trabalham.
Mas tb há quem diga que Portugal está assim porque a esmagadora maioria da população está rica e não precisa de trabalhar, por isso anda por aí...
Um abraço e bons posts
rmatos
www.macroscopio.blogspot.com
At 6:59 PM, Anonymous said…
Caro Paulo,
dp duma pequena confusão e´só p/ dizer que foi Rui Matos quem postou/comentou.
Um abraço e bons posts
Rui Matos
At 10:25 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro TSantos:
Não tenho dúvida, Caro Tsantos, de que muita gente prefere torrar-se na República Dominicana a descer o Douro fronteiriço. Mas, tendo ou não público, penso que, a continuarmos assim, é a escapatória que resta, pois as pessoas podem prescindir de uma série de prestações para quebrar rotinas, embora não no dia a dia...
Meu Caro Rui Paula de Matos:
Era bem bom que estivesse um pouco menos pobre, embora eu tema que a rendição aos ídolos do consumismo e do comodismo se mostrassem ainda mais fortes e ficássemos como algumas camadas dos países árabes do Golfo Pérsico. E a perda de raízes ligada ao que digo no "post" é intensificação desse perigo.
Abraços aos Dois... e ao Tio Quim.
At 11:33 AM, Anonymous said…
Se calhar, ainda há-de chegar o tempo em que assistiremos à migração inversa da actual, quando as noassas metrópoles se tornarem inabitáveis...O pior é que suspeito que, nessa altura, o interior estará também destruído ou espartilhado em condomínios turísticos e cinegéticos de luxo, vedados aos simpes cidadãos...
At 6:40 PM, Paulo Cunha Porto said…
Isso é perigo real, Caro T.Santos. Mas se se chegar a isso, antevejo imediata onda de ocupaçoes redentoras.
Ab.
At 2:52 PM, Anonymous said…
Eh, eh, eh...Muito gostaria de ver isso!
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