Razão e Paixão contrapõem-se e não existem em si, isoladas.Só em nós, em cada Eu. Por isso teremos comportamentos em que predominam Uma ou Outra, na presença permanente das duas - aliás, das três, que falta a Vontade, e abra-se a porta a Mr. Schopenhauer. Depois de a termos franqueado a Pascal e à diferença com «razões», reforce-se a força da Vontade, que se basta de (apenas) querer.
Apreciei as posturas, expressão silenciosa de relação :)
Bela Visitante (esta sim prefiro sempre, por egoístas razões, à distância fascinante de Quem viaja): Primo, já vi a Vossa Esplendorosa e mais recente postagem. Não consegui responder de forma a não desbaratar as pérolas do Vosso Espíriro, pois ontem à noite estava um tanto cansado. A ver vamos se hoje poderei fazê-lo. É interessante a invocação de Pascal, pois, para além da incontestável força relativa das personagens, ele parece-me mais do que relacionável, quer com a atmosfera geral do quadro, quer com a contenção das figurações, como ainda... com a própria fisionomia de uma delas, que me parece apresentar traços semelhantes aos do Ilustre Pensador. Seja pelo permanente, seja pelo acidente(?), a inclusão da pintura foi tentativa de acrescentar dimensão explicativa, mas problematizante, do poema, que retoma um tema já aqui por Vós comentado - a fraternidade entre o Sono e a Morte. Enquadrada pelo Amor, diria.
Ah, o tom sombrio, sem o ser. Mais denso que outra coisa. Para não dizer atormentado, em espera e em toque de persuasão. Blaise, enfim... traz com ele uma «razão triste» - o vosso amigo O Jansenista há-de gostar dele (risos). Mas lembro uma frase quase pequena de "Pensamentos" - "O homem é visivelmente feito para pensar. Aí reside toda a sua dignidade e todo o seu mérito, e todo o seu dever é pensar com acerto." Hum... que «pequeno» dever!
4 Comments:
At 12:18 AM, Viajante said…
This comment has been removed by a blog administrator.
At 12:22 AM, Viajante said…
Linda, a imagem!...
Razão e Paixão contrapõem-se e não existem em si, isoladas.Só em nós, em cada Eu. Por isso teremos comportamentos em que predominam Uma ou Outra, na presença permanente das duas - aliás, das três, que falta a Vontade, e abra-se a porta a Mr. Schopenhauer. Depois de a termos franqueado a Pascal e à diferença com «razões», reforce-se a força da Vontade, que se basta de (apenas) querer.
Apreciei as posturas, expressão silenciosa de relação :)
Beijos e sorriso.
At 9:05 AM, Paulo Cunha Porto said…
Bela Visitante (esta sim prefiro sempre, por egoístas razões, à distância fascinante de Quem viaja):
Primo, já vi a Vossa Esplendorosa e mais recente postagem. Não consegui responder de forma a não desbaratar as pérolas do Vosso Espíriro, pois ontem à noite estava um tanto cansado. A ver vamos se hoje poderei fazê-lo.
É interessante a invocação de Pascal, pois, para além da incontestável força relativa das personagens, ele parece-me mais do que relacionável, quer com a atmosfera geral do quadro, quer com a contenção das figurações, como ainda... com a própria fisionomia de uma delas, que me parece apresentar traços semelhantes aos do Ilustre Pensador.
Seja pelo permanente, seja pelo acidente(?), a inclusão da pintura foi tentativa de acrescentar dimensão explicativa, mas problematizante, do poema, que retoma um tema já aqui por Vós comentado - a fraternidade entre o Sono e a Morte. Enquadrada pelo Amor, diria.
At 10:23 PM, Viajante said…
Ah, o tom sombrio, sem o ser. Mais denso que outra coisa. Para não dizer atormentado, em espera e em toque de persuasão.
Blaise, enfim... traz com ele uma «razão triste» - o vosso amigo O Jansenista há-de gostar dele (risos).
Mas lembro uma frase quase pequena de "Pensamentos" - "O homem é visivelmente feito para pensar. Aí reside toda a sua dignidade e todo o seu mérito, e todo o seu dever é pensar com acerto."
Hum... que «pequeno» dever!
Post a Comment
<< Home