Política Nacional
Cada vez mais sinto o Engenheiro Sócrates como uma retoma até à náusea do Outro, o Guterres, no hábito de só começar a responder a uma pergunta após debitar várias frases de genéricas boas intenções. Só que, enquanto o Mentor começava à quinta oração, o actual P-M inicia a abordagem da questão à nona.
Da reunião entre o Secretário-Geral e o Grupo Parlamentar do PS saiu a declaração de alívio que diz ter o partido superado a derrota das presidenciais, por ter «entrado num clima de unidade». Quer dizer, as expectativas eram de dissolução, ou de fragmentação? Céus!
Entretanto, o Ministro Costa da Justiça veio com a peregrina ideia de fazer depender a realização de escutas telefónicas do acompanhamento de uma comissão em que tivessem assento representantes da Asssembleia da República e do Presidente da mesma. Isto não tem pés nem cabeça. Nunca uma qualquer escuta a personagens relevantes teria qualquer sucesso, sabendo-se como a nossa classe política não consegue guardar segredo sobre coisa alguma. Por outras razões também me oponho a que escutas a titulares de certos cargos políticos tenham de ser autorizadas por magistrado de hierarquia superior ao das efectuadas ao comum dos cidadãos, por impor uma distinção espúria, que significa, na prática, uma protecção acrescida, onde se deveria suscitar um mais duro escrutínio. Inversamente, aplaudo a restrição do procedimento a arguidos e suspeitos, pois, se pode dificultar um pouco, mas não demasiado, a investigação, ajuda a diminuir suspeitas doutra ordem, de cabalas e quejandas inventonas.
3 Comments:
At 8:17 PM, Anonymous said…
Há muito que se viu o que esta gente quer... Cumpts.
At 8:58 PM, Paulo Cunha Porto said…
Mas é grave, Caro Bic Laranja, retirar o exclusivo do acompanhamento a instâncias assumidas como independentes, alargando-o a representantes de orgãos políticos, que apenas podem pelejar pelas cores dos que neles votaram.
Ab.
At 8:59 PM, Paulo Cunha Porto said…
This comment has been removed by a blog administrator.
Post a Comment
<< Home