A Baba e as Compras
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Tarde com boa passagem pelos alfarrabistas. Compra de obra rara, a historia do teatro em Portugal, de Teófilo Braga, infelizmente encadernada sem capas de brochura. Mas, das restantes, outra cereja há a encimar o bolo: «QUEM VEM LÁ? GENTE DE PAZ! GENTE DE GUERRA...», de Felix Correia, englobando as reportagens que o Autor realizou na Espanha da Guerra Civil, no Campo Nacional, e na Alemanha Nacional Socialista. Transcrição das entrvistas realizadas a Franco, a Sanjurjo (em Portugal) e a Queipo de Llano, bem como breves notícias das que fez a Hitler, Goebbels e Ley. Se, no primeiro caso, se revela, claramente, simpatia, por parte do Entrevistador, no segundo há maior prudência, embora sem qualquer hostilidade. De qualquer forma, um tanto aquém da fama que tinha de simpatizante hitleriano.
Um pormenor delicioso: o exemplar que me coube foi o ofertado por quem escreveu o livro a Carlos Selvagem...
Para todos os que pensavam ter sido António Ferro o único entrevistador português dos Grandes do Mundo. Sem comparação dos talentos, evidentemente.
7 Comments:
At 7:19 PM, Pedro Botelho said…
Porquê "breves notícias"? Estão lá e são curtas ou está só a indicação de que foram feitas?
At 7:37 PM, Anonymous said…
Summum de la felicidad: ser alfarrabista en Braga
At 7:49 PM, Zé Maria said…
Meu caro Paulo:
Fico contente por ainda haver gente que não se importa de "perder o seu tempo" a enfiar-se na penumbra das "casas de livros". Neste caso, os alfarrabistas.
Cá para mim, vale sempre a pena perder-me por entre a sabedoria acumulada pela poeira do tempo.
Afinal, no bulício ruidoso destes tempos, sem esquecer outras oportunidades, a serenidade revitalizadora destas horas traz-nos sempre o alento e a certeza de que vale a pena estar por cá.
Um Bom Fim de Semana
At 7:58 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Pedro:
uma mistura de ambas. São reproduzidos um ou outro dos dizeres dos entrevistados, porém com brevidade muito maior e em discurso muito mais indirecto do que na parte referente a Espanha.
Caro Amigo: Não sei quantos haverá lá . Um conheço eu. Que tem obras importantes, até porque Braga também tinha as suas editoras.
Caro ZMB:
Um excelente fim de semana também para Si. No que me respeita, como podem confirmar Alguns dos Amigos Mais Antigos, é verdadeiramente um caso de biblodependência, crónica e aguda, de uma só vez. Todo o tempo livre que tenho - que o bloguismo, sendo um prazer, implica um dever - aplico-o nos vendedores de alfarrábios. E se nem sempre posso comprar o que quero, os olhos também comem, como é costume dizer...
Abraços a Todos.
At 11:25 PM, Marcos Pinho de Escobar said…
Meu caro Paulo:
Vejo que é um "fan" dos alfarrabistas. Eu não resisto passar à porta de um e não entrar para, se a agenda permitir, dar uma muito demorada "olhadela". O tempo passa a voar! Estou à procura dos Discursos de Oliveira Salazar. Tenho o vol. VI, com uma importante dedicatória a um tio meu, diplomata, que muito trabalhou com o asceta de Santa Comba. Gostava de adquirir os outros cinco volumes. Será que o amigo ajudáva-me com alguma recomendação? Um óptimo fim de semana para si. Aproveite o frio e a neve -- tão rara em Portugal. Aqui, derretidos pelo calor de 40 graus, estamos a morrer de inveja...
At 4:02 PM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Euro-Ultramarino:
Terei muito gosto em ajudá-Lo, no que possa.
O volume que o Meu Amigo tem é, de longe, o mais difícil de encontrar. O V também oferece alguns problemas, porém em dose incomparavelmente menor. Não aconselho Quem quer que seja a comprar a série completa, que atinge verdadeiras exorbitâncias. É caso para dizer que, no Portugal contemporâneo, os livreiros foram os primeiros a dar a Salazar o devido valor. Melhor é ir fazendo aquisições parcelares, que saem a preços módicos, comparativamente.
Escreva-me para o "e-mail" anexo, o que está junto ao "profile", dizendo-me que nível de custos tem em mente; eu pôr-me-ei, imediatamente em campo.
Abraço.
At 4:07 PM, Anonymous said…
O anterior comentário foi assinado com a identidade com que assino no blogue que, doravante, desenvolverei, a par deste.
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