Vox Populi
Faz-me espécie que não haja sido suficientemente comentada na blogosfera portuguesa a atitude do admirador anónimo do Dr. Louçã, o qual, saído da multidão, lhe disse que seria ideal que ele não exibisse «tanta raiva». O político abordado ainda tentou dizer que não se tratava de raiva, mas sim de «clareza». Se continuamos a mudar o significado das palavras, ainda teremos de modificar os alertas às crianças contra o perigo das mordeduras dos cães raivosos para "cuidado com as mordeduras dos cães claros». Antes que seja mal entendido, afirmo solenemente não querer comparar o Dr. Louçã com o canídeo, bicho que prezo. Pretendo apenas mostrar como se não deve torcer a significação das palavras. E o "Espontâneo" que aconselhou o Leader bloquista viu mais do que bem o trotsquismo remanescente que espreita por sobre o ombro das declarações em pele de cordeiro habitualmente produzidas pelo conhecido Homem Público. Atrás de cada «profunda preocupação» está a Revolução Permanente.
4 Comments:
At 9:01 PM, Anonymous said…
El clima "dulce" de Portugal y la "dulce" lengua portuguesa no "dulcificó" al "amargo" Dr. Louça.....
At 10:04 PM, Paulo Cunha Porto said…
E já não vai a tempo. Para isso seria necessário que as leituras que o formaram não estivessem condicionadas pelo frio das estepes...
At 8:23 AM, Jansenista said…
Censor ataca de novo!
Se preza tanto os cães, por favor não os associe tão prontamente ao qualificativo "raivoso"; a raiva nos cães é exclusivamente nosológica, nos humanos é sobretudo moral.
De Port-Royal, de V.Exa atento e venerador, &c., &c.,
Jansenista
At 10:09 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Jansenista:
Por acaso tive esse cuidado. Rogo ao meu Estimado Censor que se digne fazer uma nova leitura do texto e que verifique a cautela que houve em não generalizar à espécie o perigo das dentadas de alguns exemplares afectados.
Dos humanos, sabemos o que a casa gasta.
Abraço.
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