O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Monday, January 02, 2006

S.O.S. Mexeriqueiro

Li, há dois anos e picos, nas memórias de Sir Alec Guiness,
que a Poetisa Inglesa Dame Edith Sitwell, numa fase tardia
da vida, andava sempre escoltada por um adorador que era...
um poeta português. Alguém tem pistas de quem seria? Ando,
desde aí, a tentar descobrir a identidade, mas nada. Penso,
sobretudo, no Jansenista e no Je Maintiendrai, mas qualquer
contributo esclarecedor é bem vindo.

12 Comments:

  • At 11:12 PM, Blogger Je maintiendrai said…

    Passo.

     
  • At 11:37 PM, Blogger Manuel said…

    O único poeta e ensaísta português que sempre prestou atenção literária a Edith Sitwell foi Jorge de Sena.
    Mas não foi certamente a esse que Alec Guiness se referia, por razões de desencontro geográfico e cronológico.
    Quem vivia nos mesmos lugares e na mesma época de Edith Sitwell, e frequentava os mesmos meios no período em causa, era o escritor, poeta e diplomata António de Cértima.
    Poderá ser?

     
  • At 11:51 PM, Blogger Jansenista said…

    Completando Manuel: ha uma interessante correspondencia entre Jorge de Sena e Edith Sitwell, ja publicada.
    Quanto ao resto, depois de muita insinuacao de lesbianismo (as proximidades a Gertrude Stein, o irmao gay), hoje predomina a ideia de que morreu virgem. Vendo-se uma foto da dita, nao custa a acreditar (parece uma daquelas gargulas da Cocanha, o que alias condiz com a estetica neogotica que lhe era tao cara). Dai que a observacao de Alec Guiness seja mais inocente do que parece...
    Mas a pista do Manuel parece-me especialmente interessante...

     
  • At 11:51 PM, Blogger Manuel said…

    "Fase tardia da vida" é que não me parece correcto...
    Sitwell morreu em 1964, com 77 anos.
    Creio que nos últimos anos estava em cadeira de rodas e não tinha propriamente uma vida social intensa.
    Alec Guiness conheceu-a nos anos da guerra. A fase da vida a que se referem as suas memórias deve ser essa de 1940 e poucos a 1950 e tal..
    Mas estou outra vez a adivinhar, porque não li essas Memórias.

     
  • At 6:34 AM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Obrigadíssimo pelos Vossos contributos. Assim de repente, sem voltar ao livro, creio que as referências visavam os anos 50´s. Já tinha pensado e eliminado o Sena pelas razões aduzidas. Como tinha pensado nas visitas a Inglaterra do Cinatti, que também não me pareceram encaixar. A lebre Cértima, que o Manuel levantou, parece-me ter muito mais pés para andar. Excelente lembrança. O memorialista não entra em detalhes, mas parece ter sido um caso de adoração intelectualizada, sem huuuuuum, digamos, acção directa.
    E, já que falamos em Cértima, não resisto a uma pequena gabarolice: este vosso servidor tem, na pequena biblioteca que é a menina dos seus olhos, o livro da Banine sobre Ernst Junger, por Ela dedicado, justamente, a esse escritor-diplomata português.
    Um homem cheio de (bons) conhecimentos, o que reforça a hipótese aventada.

     
  • At 12:55 PM, Anonymous Anonymous said…

    Para além do Sena - posto que ela andou pelos States - poderemos, pelo percurso e pelo tipo de convívio que buscava, sugerir o Ruben A., que viveu e leccionou no Reino Unido entre 1947 e 1954.
    MCB

     
  • At 5:36 PM, Blogger Jansenista said…

    Alberto de Lacerda! Uff! Esta foi difícil, caro amigo da proxima ponha a fasquia mais baixa, SVP. Apresento provas la na minha estalagem, com brasileiros a mistura!

     
  • At 6:19 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Vou já para lá.
    Obrigadíssimo.

     
  • At 7:54 PM, Blogger Je maintiendrai said…

    Tudo visto, a hipótese manuelina do Cértima (aliás, née Cruzeiro) parece cronologicamente a mais convincente; Lacerda (que todavia surge na correspondência de outros Sitwell) só vai para Londres em 1950.
    Cértima era da região da Bairrada, o que ao estilo do Dan Brown coincidentemente nos conduz ao também aventado Ruben A. (Leitão). Quand même o Alegre não será certamente... Fora assim, apesar de gárgula, talvez o nosso caro Jansenista tivesse de corrigir o post mortem de E. Sitwell...

     
  • At 8:17 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Hihihihihihihi!
    Caro Amigo, o Ruben Leitão ocorreu-me, duplamente. Em primeiro lugar por ter estado lá. Mas afastei-o, por não ser, primordialmente, reconhecido como poeta. Surgiu-me ainda quando me lembrei do Cinatti, que teve estadias prolongadas em Londres para o visitar, como me lembrou o meu Amigo Nuno Franco.
    Tudo somado, penso que o "case" do Jansenista tem muita força. Embora o Cértima fosse uma hipótese notável, pareceria estranho que não houvesse nenhuma referência, nas memórias que originaram a dúvida, ao estatuto diplomático.
    Um abraço.

     
  • At 8:53 PM, Blogger Je maintiendrai said…

    Ó meu caro Cunha Porto! Saiba que os diplomatas quando lhe dá ser "poetas" ou "professores" em fim de carreira até as veneras escondem...

     
  • At 9:26 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Hihihihihihi! Olhe que aida hei-de citá-Lo!

     

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