O Misantropo Enjaulado

O optimismo é uma preguiça do espírito. E. Herriot

Monday, January 02, 2006

A Verdade e a Farsa

Lendo o artigo de Patrícia Viegas, hoje, no «DN», baseado nas
notas do antigo governante britânico Norman Brooke, tenho de,
contra as opiniões que creio dominarem o espírito de alguns
Amigos, reafirmar a minha admiração pela figura de Churchill.
Ao reconhecer que qualquer "julgamento" seria uma farsa e
preconizando a eliminação pura e simples dos dirigentes do
Nacional-Socialismo, o chefe do governo britânico estava certo,
em ambos os pontos. Ter-se-ia poupado o insulto à justiça que
foi Nuremberg, ou a «perda de tempo», nas palavras do já condenado
von Ribbentrop. Insulto por não ter havido o que é indispensável
em qualquer condenação penal: tipificação anterior da conduta
incriminada e cominação da sanção penal correspondente.
Por outro lado, a eliminação dos vencidos pelos vencedores teria,
apesar da barbárie formal, a correctora vantagem de não permitir
que por cá ficassem os autores de tantas e tão conhecidas
malfeitorias. A solução ideal, portanto, que só não terá vingado
pela aspiração bem americana, ao menos numa mentalidade de tipo
rooseveltiano, obcecada em fazer coincidir os seus interesses
com uma formal atmosfera de absoluta virtude. Ah, e perfilho, por
completo a visão que tinha de De Gaulle.

4 Comments:

  • At 11:53 AM, Blogger Flávio Santos said…

    Churchill era um patife e um criminoso de guerra. Que a terra lhe seja pesada.

     
  • At 1:26 PM, Blogger João Villalobos said…

    Complexo tema este para início do ano! Na realidade, mais do que punir os responsáveis (até porque muitos escaparam) o Julgamento deNuremberga serviu essencialmente para dar a conhecer a natureza dos crimes à humanidade cometidos pelos nazis (que não eram todos os alemães), ainda ignorados pelo Mundo.
    Não vale a pena virem falar dos crimes de guerra cometidos pelos aliados, bombardeamento de civis em larga escala e quejandos. Também os houve. E não foram poucos.
    Mas Nuremberga foi essencial. Não tivesse existido e, hoje, os revisionistas seriam ainda em maior número do que são.
    Churchill não só não tinha razão, como não creio que se possa defender a execução seja de quem for e pelos crimes que forem sem o devido processo judicial.
    Finalmente, o julgamento, ao colocar um «ponto final» na guerra, permitiu aos americanos e russos, principalmente, contratarem diversos nazis que escaparam à condenação, quer para os seus serviços de informação quer para a investigação ligada ao espaço e armamento.

     
  • At 8:18 PM, Blogger Paulo Cunha Porto said…

    Caríssimos FG Santos e João Villalobos:
    a questão não era a acção de Churchill na condução do seu País em guerra. Era saber se vale mais a honestidade de assumir o tratamento dos vencidos como tais, na era dos totalitarismos; e de apurar se tal não era preferível a hediondas ficções jurídicas. Há um argumento interessante no que o João disse, sobre o revisionismo. Atenção, nem todos os condenados de Nuremberga eram acusados de participação na «Solução Final». Mas, quanto aos que eram: creio que o "revisionismo" nasce do que, verdadeira ou, como julgo, falsa, é uma percepção de "mentira". Não seria assom com uma total arrogância do arbítrio dos vencedores. Como na Roma Antiga, em que os chefes derrotados, na melhor das hipóteses, eram incluídos nos triunfos dos generais romanos. Mas de um modo, ou de outro, quão distantes nos encontramos do cavalheirismo de «LANZAS», de Velazquez!

     
  • At 2:37 AM, Anonymous Anonymous said…

    Reitero o post do FG Santos. Estava economicamente nas mãos dos credores judeus, foi ele quem começou os bombardeamentos aéreos sobre a Alemanha, e por várias vezes foi dissuadido, quando aparecia em reuniões totalmente embriagado, pelos elementos do seu Estado-Maior, de usar bombas incendiárias sobre alvos civis germânicos. E Nuremberga foi uma das mais sinistras farsas do século XX: desde confissões falsas extraídas por tortura até assassínios de presos, houve de tudo nos bastidores. O resto, foi "justiça" inventada na hora e de propósito para o efeito. E ainda falam na violação do direito internacional quando da invasão do Iraque... maior abominação do que Nuremberga é difícil, nas sessões de tribunal como nos cárceres. E depois o Churchill ainda se fartou de entregar, friamente, populações alemãs e militares jugoslavos, ucranianos, etc. aos comunistas, para morrerem à fome ou de maus tratos. Já é hora de tirar a máscara a esse crápula.

     

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