Leitura Matinal -247
Foi o espírito da primeira e última letras do hebraico alfabeto, presentes nos extremos da palavra que significava "Verdade", emeth, que viram o seu
espírito transposto para os gregos "alfa" e "ómega", os quais, após processo gradual, acabaram, no «Apocalipse», a designar Deus e Cristo, em simultâneo.
Pelo que, a Verdade, na Criação, andava suficientemente etérea para permitir a total identificação de Deus e Homem. A natureza deste, contudo, exigiu a atenuação dessa identidade, querendo construir-se com a autonomia só permitida pela materialidade.
Assim sucedeu, com a Queda, de cujo sentir há manifestações em imensas variantes da religiosidade universal. E daí que, reorientada pela Encarnação, a Rota de volta Ao Divino Bem sofra os desvios da falta de claridade de que a mente humana faz alarde, frequentemente misturando os límpidos conceitos de Bem e Mal, praticando um em nome do outro. É essa voragem do regresso
que causa a tontura de cada acidente de percurso, ou a maior perturbação, a das incertezas. A sobrevivência - porque eterna - da Mensagem de Verdade, todavia, permite acalentar a esperança de que cada escolho seja ultrapassado e que as neblinas que fazem perder-se não levem a melhor. Porque se o Centro já não está contíguo a nós, ainda lá está. E compete a cada um fazer do seu trajecto uma figura centrípeta.
Tocando tudo isso temos o poema que Augusto
Ferreira Gomes dedicou à personificação do Mal
que foi Aleister Crowley:
OMEGA E ALPHA
Vou pôr o fim no comêço
para melhor explicar...
Onde é que está a verdade
- P´lo menos a que eu suponho -
E onde é que a realidade
se mistura com o sonho?
Deus fêz as coisas em fumo
E misturou-se lá dentro!
E é Êle que é o centro
De tudo a que deu o rumo!
Mas o rumo é a vertigem
Sempre em plena confusão,
Sempre em plena convulsão
Desde o fim até à origem!
Eu ponho o fim no comêço
para melhor explicar...
Com a explicação imagética de «Alfa e Ómega», de
Greg Olson, «Eternamente», de Deb Collins e «Alfa-
Ómega», de Gaby van Dorn.
espírito transposto para os gregos "alfa" e "ómega", os quais, após processo gradual, acabaram, no «Apocalipse», a designar Deus e Cristo, em simultâneo.
Pelo que, a Verdade, na Criação, andava suficientemente etérea para permitir a total identificação de Deus e Homem. A natureza deste, contudo, exigiu a atenuação dessa identidade, querendo construir-se com a autonomia só permitida pela materialidade.
Assim sucedeu, com a Queda, de cujo sentir há manifestações em imensas variantes da religiosidade universal. E daí que, reorientada pela Encarnação, a Rota de volta Ao Divino Bem sofra os desvios da falta de claridade de que a mente humana faz alarde, frequentemente misturando os límpidos conceitos de Bem e Mal, praticando um em nome do outro. É essa voragem do regresso
que causa a tontura de cada acidente de percurso, ou a maior perturbação, a das incertezas. A sobrevivência - porque eterna - da Mensagem de Verdade, todavia, permite acalentar a esperança de que cada escolho seja ultrapassado e que as neblinas que fazem perder-se não levem a melhor. Porque se o Centro já não está contíguo a nós, ainda lá está. E compete a cada um fazer do seu trajecto uma figura centrípeta.
Tocando tudo isso temos o poema que Augusto
Ferreira Gomes dedicou à personificação do Mal
que foi Aleister Crowley:
OMEGA E ALPHA
Vou pôr o fim no comêço
para melhor explicar...
Onde é que está a verdade
- P´lo menos a que eu suponho -
E onde é que a realidade
se mistura com o sonho?
Deus fêz as coisas em fumo
E misturou-se lá dentro!
E é Êle que é o centro
De tudo a que deu o rumo!
Mas o rumo é a vertigem
Sempre em plena confusão,
Sempre em plena convulsão
Desde o fim até à origem!
Eu ponho o fim no comêço
para melhor explicar...
Com a explicação imagética de «Alfa e Ómega», de
Greg Olson, «Eternamente», de Deb Collins e «Alfa-
Ómega», de Gaby van Dorn.
2 Comments:
At 12:52 PM, Pedro Botelho said…
Em resumo: a situação é um bocado confusa, mas pode ser que um dia se esclareça.
(?)~~ :^)
Tendo a concordar.
At 3:47 PM, Paulo Cunha Porto said…
Um bocado confusa, sim, pela acção imatura e pobre das cabeças humanas, de todas, umas mais do que as outras. Mas o Caminho está apontado. E depende de nós o esclarecimento, que se traduzirá em segui-Lo
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