Cercos e Resistências
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Tendo o Miguel Castelo-Branco tido a gentileza de me distinguir com palavras apenas imputáveis à generosidade amiga, a que se contrapõe o total imerecimento meu, fiquei a pensar cá para comigo por que razão teria o Excelso Ateador do fogo das «COMBUSTÕES» interiorizado ser «55 DIAS EM PEQUIM» protagonizado por John Wayne. E parece-me que descobri. O Nosso Amigo deve ter impresso no subconsciente uma outra história de cerco, dirigida e interpretada pelo memorável Cowboy de Iowa: «THE ALAMO» (1960), em que desempenha o papel de David Crockett, cujo gorro de pele, numa fase de insensibilidade para a respectiva proveniência, povoou as fantasias da minha infância.
Tendo o Miguel Castelo-Branco tido a gentileza de me distinguir com palavras apenas imputáveis à generosidade amiga, a que se contrapõe o total imerecimento meu, fiquei a pensar cá para comigo por que razão teria o Excelso Ateador do fogo das «COMBUSTÕES» interiorizado ser «55 DIAS EM PEQUIM» protagonizado por John Wayne. E parece-me que descobri. O Nosso Amigo deve ter impresso no subconsciente uma outra história de cerco, dirigida e interpretada pelo memorável Cowboy de Iowa: «THE ALAMO» (1960), em que desempenha o papel de David Crockett, cujo gorro de pele, numa fase de insensibilidade para a respectiva proveniência, povoou as fantasias da minha infância.
Não terá sido assim, Caro Miguel?
20 Comments:
At 5:18 PM, Anonymous said…
Exagero do autor do "Combustões" não é, quando leio alguns dos posts do Paulo e do jansenista compreendo a verdadeira dimensão das minhas limitações,é um cenário arrepiante, hehe, mas cada um dá o que pode. Iu nau wót ai min :)
Rodrigo
At 5:24 PM, Paulo Cunha Porto said…
É preciso ter lata, Caro Rodrigo! Eu é que, sorvendo os últimos "posts" do «Batalha Final», tenho vencido a vontade de comentar, lenbrando-me de que preciso de ler alguns livros mais, para não deslustrar os textos, tamanha é a erudiçao deles!
Abraço.
At 5:31 PM, Flávio Santos said…
Não é preciso serem tão modestos!
Paulo, já conheces este blogue:
http://www.integralmentelusitano.blogspot.com
Grande John Wayne, o tal que falava na "ditadura democrática"! Só o seu papel em "Rio Bravo" e no inolvidável "O Homem que matou Liberty Vallance" já merece a posteridade.
At 6:57 PM, Paulo Cunha Porto said…
Oh Amigo, meu Abraço-te pelas preferências compartilhadas. «O Homem...» pode ser o fim do "Western", tudo o que quiserem, mas é um grande filme. O «Rio...», claro. E há um papelão, embora seja difícil aderir à personagem, em «A Desaparecida»
Não conheço o blogue. Mas estou a ver que a decisão de não ir jantar fora, nesta Sexta 13, promete trazer-me sorte.
Abração.
At 7:43 PM, Anonymous said…
Serie TV años 60, Daniel Boone.....También en Portugal ?
At 7:47 PM, Anonymous said…
^Por cierto, 55 dias en Pekin, rodada en los estudios Samuel Bronston,Las Matas, Las Rozas de Madrid, a 18 kms. de la Puerta del Sol, donde ahora se asienta la exclusiva urbanizacion Club de Golf....Las supuestas "encinas" pequinesas eran "encinas" de la sierra baja madrileña, cañon granitico de Torrelodones en lontananza.....
At 7:50 PM, Anonymous said…
Hablando de Mr. Wayne, ¿Cuál es la opinion de los cultos cinefilos lusos sobre la pelicula Boinas Verdes (Green Berets) del año 1968), dirigida sobre el gran Wayne sobre la guerra del Vietnam?
At 8:27 PM, Paulo Cunha Porto said…
Ai Caro Amigo, nem me fale nessa! Deu, deu. Na altura a TV portuguesa era a preto e branco e este seu amigo não despegava do televisor! Faz, como dizem os eruditos, parte do meu imaginário.
AH! Os «55 DIAS...» foram rodados em Espanha? Há lá coisas fantásticas. Ainda ontem o Miguel Castelo-Branco me chamava a atenção para um castelo com que a civilização china nunca sonharia, na propaganda da fita!
Sobre os Boinas Verdes, vi-o pela primeira vez há uns meses, no Canal Hollywood. Não é um grande filme, mas vê-se bem. Nele ocorreu o maior erro de tradução em legendagem que eu conheço. Quando uma cantora de "cabaret" vietnamita está a interpretar uma canção de saudades de paris, entoa em francês: «CAR LA SEINE é uma amante». Quem traduziu legendou: «CARLA SENA é uma amante». Não sei se é perceptível a confusão de sonoridades. A escolha demonstrou três coisas: quem traduziu está esquecido de que existe a palavra "car". Não tem ideia da existência do rio que banha Paris; e tem noção muito remota do que seja a poesia. Com efeito, por que é que alguém escreveria uma canção dizendo que a Carla Sena era uma amante, sem mais?
At 8:56 PM, Anonymous said…
En la escena inicial de la Serie Daniel Boone, Fess Parker tronchaba un tronco con un hacha lanzada al vuelo....¡Comienzo emocionante....!También se dió en Portugal Hawaii 5-0?
At 9:11 PM, Rodrigo N.P. said…
Hahahaha, essa da Carla Sena é de antologia!
At 9:23 PM, João Villalobos said…
De Os Bóinas Verdes ficou, para sempre, a música. Que continua a ser entoada por paráquedistas de todo o mundo em festarolas por esse pacífico mundo fora.
Eu próprio, quando fui contratado por um senhor da Guerra sudanês para um pequeno golpe de mão, levei a música em mp3 para os camaradas e cantámos todos em coro antes de saltarmos. Um sucesso!
At 9:24 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro Cinéfilo de Espanha:
Não tenho ideia. Mas não garanto.
Caro Rodrigo:
Não é? Eu hesitei muito em pôr isto no blogue, todos nós erramos e não queria magoar a pessoa que cometeu este equívoco se, por um azar dos Távoras, lesse esta página. Mas a menção do Nosso Amigo aos «BOINAS VERDES» encorajou-me. E como não seguem nomes, não deve haver grande mal.
Abraços a Ambos.
At 9:26 PM, Paulo Cunha Porto said…
Caro João: Hihihihihihi!
Para te ver saltar em paraquedas até eu saltava, também!
Abraço.
At 11:10 PM, Eurico de Barros said…
O «55 Dias em Pequim» é com o grande Charlton Heston, grande e decidido defensor do direito do porte de arma dos cidadãos, uma grande conquista da Revolução Americana, a única, a genuína. Qual Revolução Francesa, qual carapuça!
At 11:12 PM, Eurico de Barros said…
E o «Daniel Boone» com o Fess Parker passou em Portugal era eu miúdo, sim senhor. Nunca mais me esqueci dessa abertura, com ele a lançar um «tomahawk» e a árvore a rachar-se ao meio!
At 11:28 PM, Anonymous said…
Misantropo dixit: "[...] David Crockett, cujo gorro de pele, numa fase de insensibilidade para a respectiva proveniência, povoou as fantasias da minha infância.
"Não terá sido assim, Caro Miguel?"
Se me permite uma resposta, embora a pergunta não me tenha sido dirigida: não.
Dito isto, recomendo, para melhor formulação de uma opinião informada, a memória "With Santa Anna in Texas, A Personal Narrative of the Revolution", por José Enrique de la Peña (que lá esteve), introduzida por James E. Crisp, na edição da Texas A&M University Press. A minha é de 1999. Não verifiquei se haveria mais recentes.
Entres outras possíveis surpresas, será confrontado com a captura e fuzilamento do tal Crockett, o que pode querer dizer que, ou desmaiou em combate, ou (Jesú! Maria!) se rendeu.
Zeus me livre de me proclamar santa-annista, mas, de um modo geral, resulta interessante ouvir o lado mexicano da questão.
At 11:31 PM, Anonymous said…
O anónimo que escreve em castelhano dixit: "Hablando de Mr. Wayne, ¿Cuál es la opinion de los cultos cinefilos lusos sobre la pelicula Boinas Verdes (Green Berets) del año 1968), dirigida sobre el gran Wayne sobre la guerra del Vietnam?"
Sem me considerar culto cinéfilo, a minha opinião é que a guerra foi muito mais bonita na Califórnia que no Vietname (como de costume). Note que, na cena final -- aquela em que o bom cowboy (o herói) contempla o ocaso com o engraçado orfãozito (o comic relief) -- o sol se põe sobre o oceano, o que prova que de Califórnia se pode tratar, mas não de Vietname.
Nota preventiva do rigor Jansenista: a não ser, é claro, que o herói e o engraçado orfãozito se tenham transferido para a pontinha da terra, ainda abaixo do delta do Mecão. Mas como cinco minutos antes -- e durante todo o filme -- se encontravam num aldeamento perdido em plenos planaltos centrais, entre Meos, debordados de vietcongues e PAVINs por todos os lados, as dúvidas desaparecem.
At 8:28 AM, Paulo Cunha Porto said…
Meu Caro Pedro Botelho:
Eu não falava, como julgo ter ficado claro, até pela imagem apensa, da história ou dos fins das biografias dos seus intervenientes, mas sim de duas fitas incidindo sobre cercos prolongados e da marca que o intérprete de uma delas poderá ter deixado no espírito do Nosso Amigo.
Um abraço.
At 3:56 PM, Pedro Botelho said…
Eu sei, limitei-me a aproveitar a deixa...
;)
At 6:16 PM, Paulo Cunha Porto said…
E fez muitíssimo bem. Ah, o retrato ficou óptimo!
Um abraço.
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