Da Visitação Proscrita
As vinte e tal visitas que os famosos aviões da CIA aparentam
ter levado a cabo em aeroportos portugueses ameaçam tornar-se
incómodas para todos os lados de uma barricada que, precisamente
por isso, não se sabe bem se existe. De um lado, os que têm como
prioritária a denúncia das tropelias dos serviços de informação dos
EUA, arrepelarão os cabelos, só de pensar que o País foi cúmplice
das "formas de pressão" execidas sobre os involuntários hóspedes
da Agência. Do outro, os mais preocupados com a segurança e a
ameaça que os terroristas e seus simpatizantes a ela representam,
pois, num momento de reabastecimento, é sempre possível que um
ou mais prisioneiros se libertem, enchendo o nosso território da gente
mais indesejável.
Sugiro pois que sejam adoptadas, de futuro, para casos similares,
as medidas que se costumam tomar para carregamentos de risco,
potencialmente poluentes. Interdição de reabastecimentos de
superfície em Portugal e passagem pelo espaço aéreo luso com
escolta e vigilância dos nossos F-16. Assim se reafirma que uma
certa soberania existe, ao ponto de quase passarmos a acreditar
que ainda é verdade. E evita-se a possibilidade assustadora de
contaminar com desumanos activistas anti-ocidentais este Jardim
à beira-mar plantado.
O alegado encerramento e transferência das prisões da Europa de
Leste que precederam as denegações de tortura reiteradas pela
Menina Rice, podem bem fazer com que esteja na calha uma qualquer
imaginosa justificação dos misteriosos voos, como passeios turísticos,
por exemplo. Ora se tanta hostilidade há contra o "turismo de pé
descalço", suponho que maior deve ser a dirigida ao turismo de mãos
algemadas. Um e outro, por motivos diferentes, não podem efectuar
pagamentos. Mas não é esse o ponto. Há razões muito mais profundas
para que dele Portugal não seja mais uma escala.
ter levado a cabo em aeroportos portugueses ameaçam tornar-se
incómodas para todos os lados de uma barricada que, precisamente
por isso, não se sabe bem se existe. De um lado, os que têm como
prioritária a denúncia das tropelias dos serviços de informação dos
EUA, arrepelarão os cabelos, só de pensar que o País foi cúmplice
das "formas de pressão" execidas sobre os involuntários hóspedes
da Agência. Do outro, os mais preocupados com a segurança e a
ameaça que os terroristas e seus simpatizantes a ela representam,
pois, num momento de reabastecimento, é sempre possível que um
ou mais prisioneiros se libertem, enchendo o nosso território da gente
mais indesejável.
Sugiro pois que sejam adoptadas, de futuro, para casos similares,
as medidas que se costumam tomar para carregamentos de risco,
potencialmente poluentes. Interdição de reabastecimentos de
superfície em Portugal e passagem pelo espaço aéreo luso com
escolta e vigilância dos nossos F-16. Assim se reafirma que uma
certa soberania existe, ao ponto de quase passarmos a acreditar
que ainda é verdade. E evita-se a possibilidade assustadora de
contaminar com desumanos activistas anti-ocidentais este Jardim
à beira-mar plantado.
O alegado encerramento e transferência das prisões da Europa de
Leste que precederam as denegações de tortura reiteradas pela
Menina Rice, podem bem fazer com que esteja na calha uma qualquer
imaginosa justificação dos misteriosos voos, como passeios turísticos,
por exemplo. Ora se tanta hostilidade há contra o "turismo de pé
descalço", suponho que maior deve ser a dirigida ao turismo de mãos
algemadas. Um e outro, por motivos diferentes, não podem efectuar
pagamentos. Mas não é esse o ponto. Há razões muito mais profundas
para que dele Portugal não seja mais uma escala.
2 Comments:
At 1:18 AM, vs said…
"Há razões muito mais profundas
para que dele Portugal não seja mais uma escala."
Não vejo porquê.
Muito pelo contrário.
Sinceramente,até acho que Caxias e o Aljube deveriam ser disponibilizadas.
:)
At 7:16 AM, Paulo Cunha Porto said…
E o Caro Nelson convidado para participar nos interrogatórios? A vida é uma festa!
Hihihihihi!
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