Mr. Tory Blair
Na corrida para a liderança dos tories ganhou David Cameron.
Não era a minha preferência. Confiava mais na experiência com
estabilidade de Davis, pois temo que, a qualquer passo, aspectos
da vida particular do eleito, com relevância pública, no entanto,
comprometam as hipóteses de os conservadores imporem uma
verdadeira agenda, na parte da moral pública, já que na economia
nem eu sou vanguardista do liberalismo, nem os trabalhistas/3ª Via
se distinguem assim tanto deles. E, no aspecto que conta, um Homem
que serviu nas Forças Especiais inspira mais confiança. É espantoso
como os militantes de base alegam, como motivo principal da sua
preterição, a amizade com uma influente figura do Labour. Mas
adiante.
O grande mistério, para mim, é como raio Cameron é classificado na
«ala» esquerda do Partido». O Cavalheiro é um firme anti-europeísta e,
na toda-poderosa economia, um admirador fanático da Sr.ª Thatcher.
Para esquerdista não está mal de todo; até porque, nas questões sociais,
as diferenças que propõe não são assim tão acentuadas, ressalvando um
pouco o entusiasmo pela repressão criminal que em Davis ia até à
restauração da pena de morte. Creio que a chave do enigma reside no
pedantismo da imprensa e intelectualidade britânicas. Para tão snobíssima
gente um Homem de Eton e Oxford, bisneto de um Baronete e, à última
hora, descoberto parente da realeza, não poderia ser da linha política da
filha de um merceeiro ou do de um artista de circo, como sempre foram
lembrando ser Maggie e Major. A mediocridade chegou ao ponto de
censurarem ao Rival vencido as suas origens modestas. Lá como cá
opinion makers a evitar. Um bónus: o suspeitado consumo de drogas
nos tempos da universidade adorna o novo leader com uma aura de
adorabilidade nestes invertidos dos valores.
E agora? As sondagens, num momento que não conta, dão-no à frente
de Blair e perto de Brown, o provável adversário. Este ganhou uma fama
de competência nas finanças e não se desgastou demasiado com o Iraque.
Tudo dependerá de o eleitorado querer mais do mesmo, ou sentir chegada
a hora de premiar o rigor na gestão. E será interessante verificar como
um escocês façanhudo enfrentará o bem-falante, assimilado ao que era,
até agora, a imagem de marca do seu próprio partido.
Não era a minha preferência. Confiava mais na experiência com
estabilidade de Davis, pois temo que, a qualquer passo, aspectos
da vida particular do eleito, com relevância pública, no entanto,
comprometam as hipóteses de os conservadores imporem uma
verdadeira agenda, na parte da moral pública, já que na economia
nem eu sou vanguardista do liberalismo, nem os trabalhistas/3ª Via
se distinguem assim tanto deles. E, no aspecto que conta, um Homem
que serviu nas Forças Especiais inspira mais confiança. É espantoso
como os militantes de base alegam, como motivo principal da sua
preterição, a amizade com uma influente figura do Labour. Mas
adiante.
O grande mistério, para mim, é como raio Cameron é classificado na
«ala» esquerda do Partido». O Cavalheiro é um firme anti-europeísta e,
na toda-poderosa economia, um admirador fanático da Sr.ª Thatcher.
Para esquerdista não está mal de todo; até porque, nas questões sociais,
as diferenças que propõe não são assim tão acentuadas, ressalvando um
pouco o entusiasmo pela repressão criminal que em Davis ia até à
restauração da pena de morte. Creio que a chave do enigma reside no
pedantismo da imprensa e intelectualidade britânicas. Para tão snobíssima
gente um Homem de Eton e Oxford, bisneto de um Baronete e, à última
hora, descoberto parente da realeza, não poderia ser da linha política da
filha de um merceeiro ou do de um artista de circo, como sempre foram
lembrando ser Maggie e Major. A mediocridade chegou ao ponto de
censurarem ao Rival vencido as suas origens modestas. Lá como cá
opinion makers a evitar. Um bónus: o suspeitado consumo de drogas
nos tempos da universidade adorna o novo leader com uma aura de
adorabilidade nestes invertidos dos valores.
E agora? As sondagens, num momento que não conta, dão-no à frente
de Blair e perto de Brown, o provável adversário. Este ganhou uma fama
de competência nas finanças e não se desgastou demasiado com o Iraque.
Tudo dependerá de o eleitorado querer mais do mesmo, ou sentir chegada
a hora de premiar o rigor na gestão. E será interessante verificar como
um escocês façanhudo enfrentará o bem-falante, assimilado ao que era,
até agora, a imagem de marca do seu próprio partido.
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