Biografia da Tradição
Não pretendo, neste post inovar, antes desejo divulgar. Quantos de
nós terão presentes a origem da construção do Presépio? Pois bem,
perde-se nos remotos inícios do Cristianismo o hábito de representar
a Sagrada Família junto do Comedouro, ao ponto de as Festividades,
por alturas do Séc.IV, incluírem a consagração da Hóstia sobre uma
manjedoura, como clara invocação do Corpo de Cristo. Na Igreja de
Santa Maria Maggiore prosseguiu a prática figurativa no templo, ao
ponto de, durante o Pontificado de São Gregório III, se ter posto em
lugar de relevo uma imagem da Virgem abraçando o Menino Jesus,
passando, desde um Officium Pastori, drama litúrgico do Século XI,
os elementos a serem colocados por detrás do Altar. Mas seria preciso
esperar mais cerca de quinhentos anos para que se verificasse a grande
explosão de popularidade.
Em 1220 São Francisco de Assis visitara Belém. E tão seduzido ficara
pela forma como o Natal Lá era celebrado, que pediu autorização ao
Papa para fazer semelhantemente nas imediações da sua cidade.
Obtida a concordância, veio, três anos mais tarde, em 1223, como
nos relatam os Seus biógrafos S. Boaventura e Tomás de Celano, a
pô-la em prática. Nesse ano disse ao seu amigo Giovanni Velita, um
proprietário de Greccio que possuía uma espécie de quinta com um
recanto semelhante a uma gruta, que preparasse a representação como
hoje a conhecemos, incluindo animais. Aí foi rezada uma missa, tendo
o Poverello de Assis, que era apenas diácono, jamais havendo
sido ordenado padre, lido o Evangelho.
E foi a partir do Século XVI que a piedade geral estendeu o hábito das
Igrejas às casas particulares. Hoje está quase extinto na América do
Norte; e na Europa, ainda subsistindo com alguma notoriedade,
encontra-se em regressão. Do que também eu sou culpado. Lembro-me
de, até aos dez anos de idade, ajudar os meus Pais a colocar o
Presépio. Hoje tudo isso se desvanece em memórias.
nós terão presentes a origem da construção do Presépio? Pois bem,
perde-se nos remotos inícios do Cristianismo o hábito de representar
a Sagrada Família junto do Comedouro, ao ponto de as Festividades,
por alturas do Séc.IV, incluírem a consagração da Hóstia sobre uma
manjedoura, como clara invocação do Corpo de Cristo. Na Igreja de
Santa Maria Maggiore prosseguiu a prática figurativa no templo, ao
ponto de, durante o Pontificado de São Gregório III, se ter posto em
lugar de relevo uma imagem da Virgem abraçando o Menino Jesus,
passando, desde um Officium Pastori, drama litúrgico do Século XI,
os elementos a serem colocados por detrás do Altar. Mas seria preciso
esperar mais cerca de quinhentos anos para que se verificasse a grande
explosão de popularidade.
Em 1220 São Francisco de Assis visitara Belém. E tão seduzido ficara
pela forma como o Natal Lá era celebrado, que pediu autorização ao
Papa para fazer semelhantemente nas imediações da sua cidade.
Obtida a concordância, veio, três anos mais tarde, em 1223, como
nos relatam os Seus biógrafos S. Boaventura e Tomás de Celano, a
pô-la em prática. Nesse ano disse ao seu amigo Giovanni Velita, um
proprietário de Greccio que possuía uma espécie de quinta com um
recanto semelhante a uma gruta, que preparasse a representação como
hoje a conhecemos, incluindo animais. Aí foi rezada uma missa, tendo
o Poverello de Assis, que era apenas diácono, jamais havendo
sido ordenado padre, lido o Evangelho.
E foi a partir do Século XVI que a piedade geral estendeu o hábito das
Igrejas às casas particulares. Hoje está quase extinto na América do
Norte; e na Europa, ainda subsistindo com alguma notoriedade,
encontra-se em regressão. Do que também eu sou culpado. Lembro-me
de, até aos dez anos de idade, ajudar os meus Pais a colocar o
Presépio. Hoje tudo isso se desvanece em memórias.
4 Comments:
At 5:02 PM, Anonymous said…
Contrariamente ao que pretendia, olhe que corre o risco de inovar, tal é a agonia das tradições. Obrigado pelo belíssimo artigo. Cumpts.
At 6:53 PM, Paulo Cunha Porto said…
Uma grande amabilidade, credibilizada por uma amarga verdade. Bem haja!
At 10:23 AM, Anonymous said…
Nunca é tarde para recuperar hábitos antigos (e pelos vistos não esquecidos)que trarão concerteza alegria a casa.
Um abraço.
DFF
At 5:45 PM, Paulo Cunha Porto said…
Certísssimo, Amigão. A disponibilidade é que já não é o que era. Nestas alturas sinto-me envelhecer...
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