A Maneira Mais Fácil
Por muito excepcionais que sejam os casos que a medida visa,
o poder dado pela Ministra da Educação aos conselhos pedagógicos
de aprovarem administrativamente repetentes que se encontrem
em risco de, novamente, reprovarem, insere-se numa continuidade
de despromoção do mérito, na medida em que o vai nivelando à
insuficiência. Vem na linha da passagem automática em vários anos
escolares. E, se quiserem, transposta para o plano penal, da insensata
descriminalização do consumo da droga. O demérito é, num caso,
subsumido à doença. No outro à infelicidade. Mas procura-se não
reconhecer culpas e, no possível, apaparicar os comportamentos
abaixo do desejável, eliminando a rejeição pública. É um péssimo
caminho para despertar o brio que, pelo esforço, ou pelo simples
aproveitamento de qualidades inatas, desemboque no aperfeiçoamento.
Para quê? Se quem não faz, ou faz o mal é ainda mais acarinhado?
O legislador do dia, já se sabe detesta as elites. Mas não são elas
que são mais atingidas. Na maioria dos casos, a excepcionalidade,
por orgulho, ou perseverando no sentido de dever, triunfará. São,
irremediavelmente, os estratos intermédios que são puxados para
baixo. O que, se elimina o fosso para quem está no sopé, alarga-o
em relação aos cimos. Que é a melhor maneira de apressar o fim.
o poder dado pela Ministra da Educação aos conselhos pedagógicos
de aprovarem administrativamente repetentes que se encontrem
em risco de, novamente, reprovarem, insere-se numa continuidade
de despromoção do mérito, na medida em que o vai nivelando à
insuficiência. Vem na linha da passagem automática em vários anos
escolares. E, se quiserem, transposta para o plano penal, da insensata
descriminalização do consumo da droga. O demérito é, num caso,
subsumido à doença. No outro à infelicidade. Mas procura-se não
reconhecer culpas e, no possível, apaparicar os comportamentos
abaixo do desejável, eliminando a rejeição pública. É um péssimo
caminho para despertar o brio que, pelo esforço, ou pelo simples
aproveitamento de qualidades inatas, desemboque no aperfeiçoamento.
Para quê? Se quem não faz, ou faz o mal é ainda mais acarinhado?
O legislador do dia, já se sabe detesta as elites. Mas não são elas
que são mais atingidas. Na maioria dos casos, a excepcionalidade,
por orgulho, ou perseverando no sentido de dever, triunfará. São,
irremediavelmente, os estratos intermédios que são puxados para
baixo. O que, se elimina o fosso para quem está no sopé, alarga-o
em relação aos cimos. Que é a melhor maneira de apressar o fim.
1 Comments:
At 7:26 PM, Anonymous said…
Percebo perfeitamente o que diz. Trabalho (não gosto do termo)numa área e com os 'produtos' da cultura da facilidade.
A questão central, a unica questão, tem um nome - Educação.
As pequenas transigências (tratar os pais por 'tu'), a demissão familiar, em massa... Você sabe.
Vou para lá agora. Lutar contra a corrente... de um tsunami!
Um abraço.
Interregno(JSM)
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